segunda-feira, 31 de maio de 2010

Código Florestal

[entenda mais aqui, uma postagem mais recente e mais informativa]

Amanhã (01/06) será apresentada uma proposta de mudança no Código Florestal brasileiro que reduz a proteção das nossas florestas e dos nossos rios.
Proteste: assine os abaixo-assinados na AVAAZ e no Greenpeace!

A Amazônia é a maior floresta tropical do planeta.
Ela abriga metade das espécies terrestres do planeta (pelo menos 5 mil espécies de árvores, mais de trezentas espécies de mamíferos, mais de 1.300 espécies de pássaros e milhões de insetos) e a maior bacia hidrográfica do mundo.
Além de garantir a sobrevivência da flora, fauna e seres humanos que a habitam (incluindo aqui centenas de povos indígenas), a Amazônia tem uma relevância que vai além de suas fronteiras. Ela é fundamental no equilíbrio climático global e influencia diretamente o regime de chuvas do Brasil e da América Latina. Além disso, sua cobertura vegetal estoca cerca de 100 bilhões de toneladas de carbono.

O ritmo de destruição, infelizmente, também é imenso.
Da chegada dos portugueses ao Brasil até 1970, o desmatamento não passava de 1% de toda a floresta. De lá para cá (apenas 40 anos), o número saltou para 17% – uma área equivalente aos territórios do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Rio de Janeiro e Espírito Santo!
Boa parte desse desmatamento decorre da extração de madeira e da agropecuária.

desmatamento da Amazônia
Desmatamento na Amazônia entre 2000 e 2005.
(retirado do site do governo do Pará)

Segundo um relatório chamado "Assessment of the Risk of Amazon Dieback", conduzido pelo Banco Mundial, a ação conjunta do desmatamento, mudanças climáticas e queimadas pode levar à perda de cerca de 75% da floresta até 2025, e em 2075, só restariam 5% de florestas no leste da Amazônia. ("Desmatamento pode acabar com 95% da Amazônia até 2075")
Assustador.

Mas a legislação brasileira conta com uma arma que, se devidamente implementada, pode mudar este quadro. É o Código Florestal Brasileiro, considerado uma das mais avançadas legislações ambientais do mundo. E é de 1965!

Porém, o Código Florestal core perigo.
Várias propostas de revogar a lei de 1965, e substitui-la por uma lei mais branda, flexível e adequada aos interesses do agronegócio, tramitam na Câmara.
Uma delas é a que será apresentada amanhã pelo deputado federal Aldo Rebelo (PCdoB-SP), apoiado por uma maioria de ruralistas. Algumas das mudanças incluem a redução da área de Reserva Legal e das APPs, anistia a crimes ambientais e transferência da lesgislação ambiental para controle estatal, removendo o controle federal.

Sérgio Leitão, diretor do Greenpeace, "comenta": "É uma questão muito simples: bioma respeita limite geográfico?".

Retirado da notícia do Greenpeace:
"Por que os ruralistas têm se mostrado tão diligentes em seus ataques recentes ao Código Florestal se durante mais de meio século eles simplesmente ignoraram sua existência?
A explicação é simples.
Para início de conversa, a capacidade de monitorar o cumprimento da legislação no campo, por imagens de satélite, aumentou sensivelmente na última década e revelou o que de certo modo todo mundo, governo inclusive, já sabia: é raro achar, no Brasil, um fazendeiro que siga à risca o que manda o Código Florestal em termos de preservação de matas nativa e ciliar em suas propriedades.
Além da capacidade de monitorar, o governo federal também adotou, de alguns anos para cá, medidas que reforçaram sua capacidade de fazer cumprir o que manda o código.
Duas delas merecem atenção especial. Uma é o decreto 3545, aprovado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) em julho de 2008, determinando que fazendeiros que não tivessem seu passivo ambiental regularizado ficariam impedidos de obter financiamento bancário. A outra é uma Medida Provisória que deveria ter entrado em vigor em dezembro passado (mas foi adiada por dois anos) que obrigava fazendas a declarar oficialmente seu passivo ambiental e registrar como pretendiam resolvê-lo."


Jean Paul Metzger, professor da USP, comenta a proposta em entrevista: "A mudança do Código Florestal será a pior coisa que pode acontecer ao Brasil."

No dia 03/05, O Greenpeace, o WWF Brasil e a SOS Mata Atlântica promoveram o seminário "O Código Florestal: preservado: condição para o desenvolvimento brasileiro".

Na apresentação de Carlos Alberto Scaramuzza, superintendente de conservação do WWF Brasil, ele comentou que um dos mitos em relação ao Código Florestal é de que sua aplicação inviabilizaria a agricultura.
Os resultados da “Análise do impacto da aplicação do Código Florestal em municípios de alta produção agrícola” demonstram exatamente o contrário. A pesquisa da WWF focou cinco cidades cuja economia é baseada na agricultura e mostrou que a preservação das áreas de proteção permanente (APP) não impediram a produção agrícola eficiente nesses locais.
A conclusão a que se chegou é que a implementação do Código Florestal atual teria um impacto irrisório (cerca de 1,5%) na produção agrícola.

O cientista Gerd Sparovek, da Esalq, mostrou um levantamento inédito sobre terras agricultáveis no Brasil, segundo o qual o desmatamento zero é viável, pois a produção agropecuária não depende de desmatamento para aumentar a produção.
Há também possibilidade de expansão da agricultura sobre 60 milhões de hectares de pastagens extensivas, que tem baixa produtividade. Há terra fértil suficiente somente nas áreas de pasto para dobrar a atual produção de grãos no Brasil.
A pesquisa também demonstra que existe um déficit de APPs e reserva legal em várias regiões, mas que os terrenos já modificados são mais que suficientes para garantir o crescimento do agronegócio nacional.

Também fizeram apresentações no seminário , entre outros:
- O analista da Procuradoria Geral da República Anthony Brandão, professor da UnB, que afirmou que o Código Florestal em si não é um problema, mas que o governo falha em implementá-lo e fiscalizar sua aplicação.
- Gilvan Sampaio, cientista do Inpe, que mostrou os impactos negativos do desmatamento da floresta amazônica em âmbito regional e nacional.
- Luiz Zarref, dirigente da Via Campesina e do MST, e Luiz Carlos Estraviz Rodrigues, professor da Esalq, que destruiram, com exemplos práticos, um dos argumentos normalmente usados pelo deputado Aldo Rebelo para justificar sua intenção de mudar o Código Florestal: que o Código impede o trabalho dos pequenos produtores e a agricultura familiar.
A legislação ambiental não impede a utilização das áreas preservadas para obtenção de renda. Em 2008, o setor florestal, com extrativismo correto, gerou R$ 3,9 bilhões. Os produtores familiares podem, na realidade, se beneficiar do manejo correto de reservas legais e APPs.

Os vídeos do seminário estão disponíveis no site do Greenpeace


O Greenpeace e uma iniciativa independente no site AVAAZ estão coletando assinaturas contra a proposta de mudança do Código Florestal.
Assine!
AVAAZ
Greenpeace


Imagens da destruição:

desmatamento da Amazôniadesmatamento da Amazônia
Feliz Natal, Mato Grosso, perto da BR-163
(site Ache Tudo e Região)


desmatamento da Amazôniadesmatamento da Amazônia
Município de Querência, na região norte do Mato Grosso
(site Ache Tudo e Região)


Daniel Beltra - criação de gadoDaniel Beltra - desmatamento da Amazônia
Esquerda: Mato Grosso, agosto de 2008. Direita: Santarém (PA), março de 2006.
Fotos de Daniel Beltra-Greenpeace/Divulgação


Veja o site do Greenpeace para mais informações, e para possíveis soluções a esse problema.

Observação: a reforma no Código Florestal não terá impacto apenas na Amazônia, mas em todos os biomas brasileiros, e é uma ameaça à água que você bebe, à sua alimentação e à sua energia elétrica. Entenda o porquê.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Mata Atlântica

Ainda é dia 27 de maio.
Hoje é o Dia da Mata Atlântica. Mas há poucos motivos para comemorar.


A Mata Atlântica, originalmente, ocupava quase todo o litoral brasileiro, do Rio Grande do Sul ao Piauí.
Embora, hoje, estime-se que apenas cerca de 7% de sua área original ainda exista, ela ainda é o bioma mais rico em biodiversidade do planeta e abriga milhares de espécies endêmicas (que só existem lá)!
Isso também significa que muitos dos animais em extinção no Brasil - cerca de 60% - são encontrados na Mata Atlântica.
Além disso, 7 das 9 maiores bacias hidrográficas brasileiras se encontram na Mata Atlântica.

Apesar da urgência de se proteger este bioma, apenas cerca de 2% de sua área original está protegido em unidades de conservação, e mesmo as áreas protegidas são pequenas, fragmentadas e, muitas vezes, só existem no papel, devido à falta de infra-estrutura e de fiscalização.

As imagens abaixo mostram a redução da Mata Atlântica no estado de São Paulo.
Os mapas ilustram os anos de 1500, 1907, 1920, 1973 e 2000.
(fonte: Reserva da Biosfera da Mata Atlântica)

Mata Atlântica no estado de São Paulo em 1500Mata Atlântica no estado de São Paulo em 1907Mata Atlântica no estado de São Paulo em 1920Mata Atlântica no estado de São Paulo em 1973Mata Atlântica no estado de São Paulo em 2000




Ontem (26 de maio), foram divulgados os dados parciais do “Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica” para o período de 2008-2010, pela Fundação SOS Mata Atlântica e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
Neste intervalo de dois anos, foram destruídos pelo menos 20.867 hectares de Mata Atlântica nativa, área equivalente a metade da cidade de Curitiba. O Estado em que o desmatamento é mais crítico é Minas Gerais, que perdeu 12.524 hectares.
Os Estados do Nordeste ainda não foram incluídos devido aos elevados índices de cobertura de nuvens, e a previsão é que seus dados sejam divulgados até o final deste ano.

Eu não sei se vocês já viajaram pelo Nordeste, mas pelo que eu conheço da Bahia, esses números ainda devem aumentar bastante...

Fontes:
Fundação SOS Mata Atlântica
Reserva da Biosfera da Mata Atlântica

Comercial

O blog anda meio parado, porque eu ando com muitas coisas para fazer e escrever aqui gasta um certo tempo.
Mas eu não abandonei o blog, não!
Tem vários rascunhos de postagens aguardando para serem publicados!

Enquanto isso, deixo aqui um comercial dos anos 90 que ganhou prêmios de publicidade, e que eu considero muito, muito bom.
Talvez por me identificar com o personagem? rs

Eu sofro desse mal... acho que preciso de uma honda!



Abraço!

domingo, 16 de maio de 2010

Faça backup do seu blog!

Esta eu encontrei no O Esquema.

O vídeo abaixo mostra uma reportagem sobre o grande colapso da internet que aconteceu em 2007.
O motivo: um usuário com 35 janelas abertas (baixando vídeos, atualizando programas, ouvindo música, batendo papo... tudo ao mesmo tempo!)

E consta que todo o conteúdo da internet foi perdido!



Atenção para as medidas de emergência!
"... e em áreas urbanas, voluntários estão distribuindo dicas de dieta, fofocas de celebridades e poemas de humor sobre a vida no escritório de emergência"

Coloque no seu kit de emergência!
Como sobreviver sem isso?

Avatar: original?

Este fim de semana assisti Avatar.

Só tenho um comentário:

Avatar = Pocahontas
E eu não fui a primeira a achar isso!
Procurando imagens dos filmes por aí, achei isto
no Doodie Pants (mas está rolando por muitos, muitos sites!).
É a história de Pocahontas, mas é só mudar os nomes e vira Avatar!
(cuidado, spoilers!)
(só encontrei dois errinhos: Pocahontas não ensina John a caçar, e, no final... bom, melhor parar por aqui, para não estragar o final de dois filmes com um comentáro só!)

Até o nome do protagonista dos dois filmes tem as mesmas iniciais e mesmo número de letras (John Smith x Jake Sully)!

Resolvi me divertir colocando as semelhanças entre os filmes lado a lado.

As imagens abaixo também podem conter spoilers.
Sorry.

Avatar x Pocahontas - chegada dos estrangeiros
Avatar x Pocahontas - a filha do chefe
Avatar x Pocahontas - Pocahontas ou Neytiri?
Avatar x Pocahontas - os nativos se movem com flexibilidade
Avatar x Pocahontas - o chefe da tribo
Avatar x Pocahontas - o grande guerreiro (que quer se casar com a mocinha)
Avatar x Pocahontas - mocinha é a primeira a contactar o estrangeiro
Avatar x Pocahontas - o estrangeiro segue a indiazinha
Avatar x Pocahontas - árvore das almas
Avatar x Pocahontas - folhas ou sementes mágicas são um sinal
Avatar x Pocahontas - o casal se conhece melhor...
Avatar x Pocahontas - ela lhe mostra o ambiente
Avatar x Pocahontas - lhe ensina seus costumes
Avatar x Pocahontas - e lhe mostra uma árvore especial
Avatar x Pocahontas - ele aprende a se conectar à natureza...
Avatar x Pocahontas - e nasce o amor!
Avatar x Pocahontas - beijo
Avatar x Pocahontas
Avatar: Pocahontas com LSD e fuzileiros.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

10 bandas nacionais de rock feminino!

Numa das minhas primeiras postagens, prometi que um dia me dedicaria a falar sobre o rock feminino nacional.

Poucos imaginam que o rock começou no país, oficialmente, com uma mulher.
O primeiro rock gravado por aqui foi "A Ronda das Horas", em 1955, com a cantora de samba-canção Nora Ney - um cover de "Rock Around the Clock".

Confesso que foi difícil selecionar bandas boas; tem muita banda ruinzinha por aí.
E não é porque é banda feminina, não! Dentre as bandas de homens também, para cada banda boa tem uma centena de porcarias.

Alguns sites para pesquisar sobre o rock feminino no Brasil:
Mundo Rock de Calcinha
Girls Music Zone
Rock Feminino, festival anual cuja edição mais recente foi em Rio Claro dia 20 de março.

Foi pesquisando nesses sites que eu encontrei as bandas que apresento no Top 10 a seguir (em ordem alfabética):

As Doidivinas

banda de rock feminino Doidivinas
Esta banda carioca, formada em 2006, descreve seu som no Myspace como uma mistura do "som cru do proto punk com música de cabaret e letras envenenadas", com "pitadas de psychobilly, psicodelia, glitter e dor-de-cotovelo".

Ela é formada por Flávia Couri (Guitarra e Voz ), Luciana Morozini (Baixo) e Helga Balbi (Bateria). Já lançou um CD autoral e um videoclipe, ambos intitulados “Envenenada”.


Confira a música "Odes e Lamentos":




Blue Sheep

Da página no Myspace: "A Blue Sheep é um Power Trio feminino formado em meados de 2008 por Eveline (Guitarra), Gabi (Bateria) e Béa (Baixo e Vocal). Com cerca de 1 ano de formação o trio possui músicas próprias e covers de bandas como ZZ Top, Stevie Ray Vaughan e Grand Funk Railroad no repertório, trazendo uma proposta sonora de Hard Blues simples e de qualidade! Em março de 2009 teve sua primeira estréia nos palcos e desde então recebeu boas críticas, ganhando espaço para mostrar seu som: Rock’n Roll!"

Infelizmente, a banda acabou no início deste ano.

Abaixo, um vídeo desta banda de João Pessoa (PB), canção (delas) "Reviens":



E a mesma canção, versão acústica, só voz e violão:



Elas e Eu
(link para o Myspace)

Banda de São Paulo, formada por três mulheres e dois homens: Juliana Freitas (Vocal), Rita Marques (Composições e Guitarra), Raquel Abdian (Teclado, guitarra e backing vocal), Felipe Melloso (Baixo) e Ale Totti (Bateria).
Já lançou um cd ("O Jogo Mal Começou"), com capa bem estilosa, e o site é bem estiloso também, seguindo o mesmo tema.

capa do CD O Jogo Mal Começou
Abaixo, a canção "O Jogo II".



Girlie Hell
(link para o Myspace)

banda de rock feminino Girlie Hell
Banda de Goiânia formada por cinco garotas (Sarah - vocal; Lola - baixo; Carol - bateria; Bullas - guitarra solo; Kaju - guitarra base) em 2008. Cantam músicas em inglês.

O som é bem decente, confiram vocês mesmos no clipe da música "Get Off":



Lava
(link para o Myspace)

banda de rock feminino Lava
Banda formada em 1996 e que, infelizmente, acabou em 2006.
Também tinha 5 integrantes, quatro mulheres e um homem (Silvana Mello - vocal; Alê Briganti - baixo e vocal; Eliane Testone - guitarra e vocal; Helena Fagundes - bateria; Danilo Costabile - guitarra).

Em 2003, lançou seu primeiro CD, "La Motocyclette", do qual saiu o clipe da música "Igloo":



Over C
(link para o Myspace)

banda OverC
Só a vocalista (Bia Lombardi) é do sexo feminino, mas achei que valia a pena entrar para este Top 10.

A banda conta com a participação de Heraldo Paarmann, ex-guitarrista do Ultraje a Rigor.

Seu primeiro CD, "Grow Up", foi lançado em 2008. Esta banda também canta em iglês.


Gostei da música "Sanity", mas aviso que o refrão é bem grudento.



Siete Armas

banda de rock feminino Siete Armas
Banda de Sampa formada em 2006, com cinco garotas na formação: Débora Lopes (voz), Lu Carvalho (guitarra), Nessa Salvado (guitarra), Sarah C. Si. (baixo) e Helena Krausz (bateria).
As principais influências são Bob Dylan, Johnny Cash, Doors, Beatles, Stones, Led Zeppelin. Segundo o Myspace da banda, as letras "falam sobre comportamento, política, poesia, dinheiro, status e viagens extra-sensoriais, entre outros".

O som é melhor no Myspace do que nas gravações ao vivo que encontrei no YouTube, mas dá pra curtir um pouco.
Música "So Blues":



Stella Can
(link para o Myspace)

banda de rock feminino Stella Can
Banda gaúcha formada em 2007, com Juliana Nólibos (baixo e backing vocals), Luiza Gressler (guitarra and backing vocals) e Mariana Corbellini (bateria e vocal).

Mais uma banda cantando em inglês... mas o som é bem legal.
Em 2008 elas abriram o show de The Donnas em Porto Alegre.

Música "Drunk":



The Biggs
(link para o Myspace)

banda The Biggs
Banda de Sorocaba (SP), formada por Flavia Biggs (vocal e guitarra), Mayra Biggs (vocal e baixo) e Brown Biggs (bateria).
Não, eles não nasceram com esse sobrenome.
Na estrada desde 1997, tem dois CDs lançados: Wishful Thinking (2000) e The Roll Call (2007). Músicas em inglês.
Em comparação com as outras bandas já mencionadas, o som do The Biggs é mais pesado, vocal mais gritado, mas eu gosto também.

Aqui vai o clipe de "I Know it":



The Moxine

banda de rock feminino The Moxine
Também cantando em inglês, a banda de Monica Agena (vocal e guitarra - já foi guitarrista da banda Natiruts), Hagape Cakau (baixo) e Caju (bateria) foi formada em 2009, e já se apresentou em palcos internacionais.

Segundo o Myspace, "o Moxine representa uma síntese de um bom rock dançante e canções com belas melodias".

O som é bem limpo, parece bem profissional mesmo. Vale a pena ouvir!


Aqui vai o clipe de "Eletric Kiss":



E por hoje é só!
Espero que tenham gostado!

50 anos de Bono!

Bono U2 Esta semana foi cheia de datas especiais!
No mesmo dia teve o dia das mães, o "aniversário" dos gatos e o aniversário de uma amiga muito querida (que eu esqueci de cumprimentar, e por isso vou ficar me chutando até o ano que vem!); ontem (dia 11) foi o aniversário da minha irmã de coração Dri, e segunda (dia 10) Bono, vocalista do U2, completou 50 anos.

Eu pretendia escrever alguma coisa sobre ele, mas simplesmente não tive tempo, então vai com dois dias de atraso, mesmo!



Bono, ou Paul David Hewson, nasceu em Dublin, Irlanda, no dia 10 de maio de 1960.

Bono bebê
Consta que este bebezinho é ele

Na escola Mount Temple, Bono conheceu Alison Stewart.

Bono e Ali nos tempos de colégio:
Bono e Ali no colégio Bono e Ali

Eles começaram a namorar quando Bono tinha 16 anos e Ali 15, e se casaram em 21 de agosto de 1982.
Eles têm 4 filhos.

casamento de Bono e Ali
Foto do casamento de Bono e Ali

Foi na mesma escola que, em 1976, Larry Mullen Jr., então com 14 anos, colocou um anúncio no mural procurando músicos para formar uma banda.
Bono, David Evans (The Edge) e Adam Clayton apareceram, e junto com Larry, Dik Evans (irmão de The Edge) Ivan McCormick e Peter Martin, formaram o "Feedback". McCormick e Martin logo saíram do grupo, que em 1977 mudou o nome para "The Hype".

Dik Evans, mais velho, deixou a banda em 1978.
A banda foi rebatizada novamente, tornando-se, então, o U2 que nós conhecemos, com Bono nos vocais, The Edge na guitarra, Larry Mullen Jr. na bateria e Adam Clayton no baixo.

Eles costumam dizer que, no início, Larry era o único que sabia tocar.

Algumas fotos antigas da banda:

U2 nos anos 80 U2 nos anos 80
Bono com bandeira branca
Bono agita uma bandeira branca durante a música "Sunday Bloody Sunday"

Bono é conhecido, também, por seu ativismo, e uma de suas principais causas é a luta contra a pobreza na África.

O blog Mysterious Distance fez uma lista no dia 10 com o "top 10" dos atos humanitários de Bono, listando:

1 - a participação no Band-Aid, em 1984, contra a fome na Etiópia;
2 - a fundação DATA ("Debt, AIDS, Trade, Africa"), criada em 2002 e que, mais tarde, se tornou parte da campanha "One".
3 - a turnê Conspiracy of Hope, junto com Sting, para promover a Anistia Internacional, organização pelos direitos humanos.
4 - a organisação ONE, criada em 2004 por Bono e outros co-fundadores para combater a pobreza e doenças, particularmente na África, e que hoje conta com mais de 2 milhões de membros.
5 - produtos Red: iniciativa de Bono, é um meio de utilizar o consumismo das pessoas para uma boa causa. Quando alguém compra um produto ou utiliza um serviço Red, a empresa responsável pelo produto doa 50% do lucro para a compra e distribuição de remédios contra a AIDS para a África. Algumas empresas com produtos cadastrados incluem Motorola, Giorgio Armani, American Express, Converse, Apple e Microsoft.
6 - EDUN: linha de roupas "eco-friendly" e que utiliza produtos (como algodão orgânico) fabricados na África, criada pela esposa de Bono, Ali Hewson, e pelo designer Rogan Gregory. A idéia é promover a economia africana, ao invés de apenas dar esmolas.
7 - o prêmio Ted, que Bono ganhou em 2005, e utilizou para ajudar o trabalho da ONE.
8 - "The Africa Issue: Politics & Power": edição especial da revista Vanity Fair, em julho de 2007, editada por Bono.
9 - título "Man of Peace" por seus trabalhos humanitários, que Bono recebeu em 2008.
10 - lançamento do álbum "Hope for Haiti".

Uma campanha antiga do Bono é pela libertação da ativista Aung San Suu Kyi e pelo fim da ditadura na Birmânia (Myanmar).
Em sua homenagem foi escrita a canção "Walk On", cujo videoclipe (uma das versões) foi gravado no Rio de Janeiro.

U2 no Rio de Janeiro
Bono e Adam no Rio de Janeiro

Muita gente acusa Bono de usar essas campanhas para promover sua imagem e o U2.
É claro que se trata de uma ótima publicidade e ajudou a manter o U2 na mídia por 30 anos, mas ainda assim eu considero suas atitudes muito louváveis, e gostaria que mais "celebridades" usassem sua "celebridade" para promover boas causas.

Bono escreveu a maioria das letras do U2, e temas políticos, sociais e religiosos são recorrentes.

Já ouvi algumas pessoas dizerem que o fato de cantar sobre religião diminui o valor das músicas do U2, mas eu discordo profundamente.
Por exemplo, a canção "I Still Haven't Found What I'm Looking For" é assumidamente "uma música gospel", nas palavras dos membros da banda. Mas a maioria das músicas gospel nem se compara com ela. Algo como "Oh Happy Day", só para dar um exemplo, mesmo sendo uma música bonita, fala simplesmente "que dia feliz, quando Jesus limpou meus pecados..."
"I Still..." é uma canção universal. "Eu escalei as montanhas mais altas, eu corri pelos campos, só para estar com você... mas ainda não encontrei o que estou procurando". Pode ser Deus, amor, paz, um sentido para a vida... é uma música que assume um sentido pessoal para cada pessoa que a escuta, mesmo sem mudar a idéia por trás da música. Por isso, é uma música maravilhosa. Mesmo uma pessoa não-religiosa, como eu, pode apreciá-la.

Um dos motivos pelos quais eu mais admiro o U2 é o fato de muitas das letras permitirem diversas interpretações.
Um bom exemplo é a canção "One", uma das mais conhecidas, que assumiu diferentes papéis ao longo do tempo, tendo sido feitos, inclusive, três diferentes videoclipes para ela.

Segundo a Wikipedia, "One" foi escrita quando a banda passava por momentos de tensão enquanto gravava o álbum Achtung Baby, quase chegando a ponto de acabar com a banda.
Bono diz que é uma canção sobre aprender a conviver com outras pessoas, e entender que, apesar das diferenças, precisamos nos ajudar mutuamente.

Um das interpretações mais antigas é que a canção é sobre um jovem, homossexual e soropositivo, falando com seu pai.
Esta versão talvez tenha se originado no fato de que o single de "One" teve os lucros de venda revertidos para pesquisas sobre a AIDS e a capa trazia uma foto tirada por David Wojnarowicz, artista homossexual e que morreu de AIDS, na qual búfalos caiam de um penhasco.

single de One - U2
O primeiro videocipe da música mostrava os membros da banda em drag, e conta com a presença do pai de Bono.

One - Edge in drag One - Bono in drag
A banda, entretanto, decidiu fazer outro clipe, uma vez que estava insegura quanto à aceitação do vídeo nos conservadores Estados Unidos, e também não queria deixar a canção marcada com este tema.
O segundo videoclipe mostrava imagens em preto-e-branco e em câmera lenta de búfalos correndo, alternada com o título escrito em diversos idiomas.

Mas a MTV não ficou satisfeita com esta versão, acreditando que não seria muito popular, e uma terceira versão foi feita, na qual Bono canta em um bar e é mostrado com uma bela mulher.
Esta foi a versão mais divulgada do videoclipe, e ajudou a propagar a segunda interpretação da música, como o fim de um relacionamento amoroso.

Mais recentemente, a canção passou a ter um valor de promoção da paz e da justiça social, e inspirou o nome da organização "ONE", contra a pobreza na África.
Bono campanha One
Bono e o U2 também são conhecidos pelas turnês megalomaníacas.
Em 1992, começou a turnê ZooTV, na qual Bono interpretava personagens (como "The Fly" e "Mr. MacPhisto", na imagem abaixo), várias telas de vídeo e carros voadores. Foi uma turnê milionária, como tem sido todas as turnês do U2 desde então.

The Fly e Mr MacPhisto
Atualmente, a banda está viajando com a turnê 360º, do álbum "No Line on the Horizon".
Só o palco requer 120 caminhões para ser transportado, e o telão fica o tempo todo rodando 360º (o espetáculo é montado para que o público possa ver por todos os lados - daí o nome). Segundo a Folha, cada um dos três palcos usados pela banda custou cerca de R$ 53 milhões.

Palco U2 360º Bono em show da turnê 360º
Desde o ano passado, correm boatos de que o U2 trará esse show para o Brasil em novembro deste ano, com apresentações em São Paulo no estádio do Morumbi.
Estou torcendo para que os boatos se confirmem!