Ainda é dia 27 de maio.
Hoje é o Dia da Mata Atlântica. Mas há poucos motivos para comemorar.
A Mata Atlântica, originalmente, ocupava quase todo o litoral brasileiro, do Rio Grande do Sul ao Piauí.
Embora, hoje, estime-se que apenas cerca de 7% de sua área original ainda exista, ela ainda é o bioma mais rico em biodiversidade do planeta e abriga milhares de espécies endêmicas (que só existem lá)!
Isso também significa que muitos dos animais em extinção no Brasil - cerca de 60% - são encontrados na Mata Atlântica.
Além disso, 7 das 9 maiores bacias hidrográficas brasileiras se encontram na Mata Atlântica.
Apesar da urgência de se proteger este bioma, apenas cerca de 2% de sua área original está protegido em unidades de conservação, e mesmo as áreas protegidas são pequenas, fragmentadas e, muitas vezes, só existem no papel, devido à falta de infra-estrutura e de fiscalização.
As imagens abaixo mostram a redução da Mata Atlântica no estado de São Paulo.
Os mapas ilustram os anos de 1500, 1907, 1920, 1973 e 2000.
(fonte: Reserva da Biosfera da Mata Atlântica)
Ontem (26 de maio), foram divulgados os dados parciais do “Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica” para o período de 2008-2010, pela Fundação SOS Mata Atlântica e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
Neste intervalo de dois anos, foram destruídos pelo menos 20.867 hectares de Mata Atlântica nativa, área equivalente a metade da cidade de Curitiba. O Estado em que o desmatamento é mais crítico é Minas Gerais, que perdeu 12.524 hectares.
Os Estados do Nordeste ainda não foram incluídos devido aos elevados índices de cobertura de nuvens, e a previsão é que seus dados sejam divulgados até o final deste ano.
Eu não sei se vocês já viajaram pelo Nordeste, mas pelo que eu conheço da Bahia, esses números ainda devem aumentar bastante...
Fontes:
Fundação SOS Mata Atlântica
Reserva da Biosfera da Mata Atlântica
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