segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Ignorar aviso de “não alimente os animais” faz mal a saúde

Do Eco4Planet, a partir de uma notícia do G1:

pássaro kookaburra obeso devido a alimentação inadequada, na Austrália - Tim Wimborne/Reuters
pássaro da espécie kookaburra, obeso devido a alimentação inadequada
Foto de Tim Wimborne/Reuters
Sabe quando parques e zoológicos colocam aquela placa “não alimente os animais”? Há um bom motivo para isso – tentar ser "bonzinho" e alimentá-los torna você mau. Os bichos já possuem uma rigorosa dieta administrada pelas entidades que tomam conta para tudo ficar o mais próximo do seu habitat natural.

Quando isso não acontece, como o caso dessa kookaburra de Sydney, Austrália, o animal pode perder suas características mais importantes. Essa ave, por exemplo, nem voar consegue mais.

O kookaburra, que era de um parque da Austrália, foi constantemente alimentada pelos visitantes com salsichas (vina, se você estiver no Paraná). Dessa forma o animal chegou ao peso de 565 gramas, cerca de 40% acima do peso normal dessa espécie.

Agora o pássaro-gordinho está se recuperando com uma dieta especial e fazendo exercícios diários para recuperar a forma. Assim que isso acontecer ele será devolvido ao seu habitat natural para seguir a vida com a saúde em dia.

Então lembrem-se: Não alimente os animais.

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Essa mensagem é muito importante!
Estagiei no Zoológico de São Paulo, e já houve MORTES de animais por alimentos inadequados que os visitantes jogam.

Também trabalhei no Parque Ecológico do Tietê, e ocorria o mesmo problema. Até cerveja eu já vi darem, para um filhote de macaco! Só para rir às custas dele!
Só que, no Parque, os animais ficam soltos, de modo que o risco se estende à saúde das pessoas também! Um macaco ou um quati que aprendeu que pessoas têm comida pode ir atrás delas quando estiver com fome e até morder. Já houve casos de crianças que levaram mordidas por causa disso. E depois a culpa é dos animais...

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Estupro no exército

Por Luiz Cláudio Cunha em 22/08/2011 no Observatório da Imprensa
O estupro que Amorim herdou de Jobim

Na noite de 19 de maio passado, um soldado de 19 anos fazia a faxina no banheiro do alojamento de um quartel do Exército na cidade gaúcha de Santa Maria, terra natal do então ministro da Defesa, Nelson Jobim. De repente, sem nenhuma razão, foi atacado por outros quatro soldados, que o jogaram na cama e o violentaram várias vezes, em rodízio. Machucado, o jovem foi transferido em sigilo para um hospital militar, onde ficou internado durante oito dias. Só no quinto dia é que a família foi informada da internação, assim mesmo com uma falsa explicação: “Ele sofreu um mal súbito numa atividade interna do quartel”, fantasiou um militar aos pais do recruta.

A investigação interna do Exército corre sob sigilo militar, após a denúncia de um sargento sobre a violência sexual. Ninguém foi preso, já que não houve flagrante, e o inquérito já foi prorrogado, ampliando para três meses o mistério sobre o caso. O general Sérgio Westphalen Etchegoyen, responsável pela investigação, diz que a vítima foi isolada e mantida sob guarda pelo temor de que tentasse o suicídio. A mãe do jovem foi ameaçada de prisão, dentro do hospital, sob suposta “insubordinação contra autoridade militares”. Ainda na cama do hospital, o violentado ouviu o aviso de um soldado que fazia a guarda no seu quarto: “Tu vai se ferrar”.

O inquérito militar, segundo a família, deve concluir que tudo não passou de uma “luta corporal de brincadeira entre os rapazes”, complementando a divertida versão preliminar do Exército de “sexo consensual” do jovem, embora manietado por outros quatro soldados.

“Novas diligências”

Esta história escabrosa foi revelada com exclusividade, no final de maio, pelo Sul21, um site de Porto Alegre que escalou um repórter persistente, Igor Natusch, para acompanhar com destemor o caso. Estranhamente, ninguém mais da imprensa se interessou por este fato de inusitada violência cometida dentro de um quartel do Exército, em pleno regime democrático. O então ministro Nelson Jobim, procurado com insistência, não deu um pio, reforçando sua confissão de que vê os jornalistas como “idiotas sem modéstia”.

A ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, ficou chocada ao ser informada pelo repórter, no final de maio: “Isso é um crime comum, que deve ser tratado pela Justiça comum. O Código Penal Brasileiro já não concebe mais a ideia de ‘atentado violento ao pudor’. Todo crime sexual é conformado como estupro. A existência da figura do ‘atentado violento ao pudor’ no Código Militar demonstra um imenso equívoco no ordenamento jurídico brasileiro. Vou conversar com o Comando do Exército”.

Se Maria do Rosário conversou, ninguém sabe, ninguém viu.

Em Brasília, o crime foi empurrado para debaixo do edredom.

Em Porto Alegre, a Assembléia Legislativa gaúcha foi mais corajosa. “O Exército precisa responder à sociedade sobre o que aconteceu”, disse o deputado estadual Miki Breier (PSB), presidente da Comissão de Direitos Humanos. “Não é um caso de mau comportamento. É um fato gravíssimo, que pode manchar a imagem de uma instituição muito importante. Não pode ficar restrito ao foro interno do Exército”. O deputado Jeferson Fernandes (PT), enviado a Santa Maria pela comissão, conseguiu vencer o bloqueio em torno do jovem e conversar com ele. Voltou de lá ainda mais preocupado, ao ouvir sua resposta para a alegada tentação ao suicídio: “É o que eu mais penso, todos os dias”, confessou o recruta ao parlamentar, segundo relato do Sul21.

Apesar da solitária insistência do repórter Igor Natusch, a investigação militar patina, apostando na falta de reação popular e na indulgente memória coletiva. No final de julho, o Ministério Público Militar devolveu o inquérito sobre o estupro de Santa Maria à Justiça Militar, a pretexto de novas diligências, desta vez num celular apreendido que traria cenas de vídeo da violação. Não se sabe, até agora, quais os novos prazos para apresentar a conclusão das investigações.

Crime covarde

A baixa repercussão e a restrição de informações sobre o crime praticado no sul, dentro de um quartel, é um grave sintoma deste Brasil covarde: um país que não tem coragem de confrontar os crimes militares do presente não terá, jamais, força moral para resgatar os crimes militares do passado, como as torturas e violências (muitas sexuais) praticadas na longa ditadura de 21 anos instalada em 1964. O caso sigiloso, inconcluso e vergonhoso de Santa Maria é uma herança maldita que Nelson Jobim legou, sem dó nem consciência, ao seu sucessor Celso Amorim.

É um constrangimento – mais um – para a presidente Dilma Rousseff justamente quando o Ministério da Justiça abre em Brasília, a partir de segunda-feira (22), a ‘Semana da Anistia’, embalada por um lema inspirador: “Para que não se esqueça, para que nunca mais aconteça”.

O bravo site do sul e seu corajoso repórter estão fazendo a sua parte para que não se esqueça o covarde crime do quartel de Santa Maria.

Já os governantes civis e comandantes militares não mostraram, até agora, o que fazem para que ele nunca mais aconteça.

sábado, 20 de agosto de 2011

Nossa mãe, nossa casa

Encontrei hoje este vídeo belíssimo.
Infelizmente sem legendas, mas quase não tem texto:



É dedicado a heróis que deram a vida pela Vida, entre eles a primatóloga Dian Fossey, o nosso Chico Mendes e o nigeriano Ken Saro-Wiwa, de quem já falei nesta postagem.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Petróleo vaza em todo o mundo

Agora, sempre que alguém pensa em vazamento de petróleo, pensa no desastre gigantesco da plataforma da British Petroleum no Golfo do México, no ano passado, que levou meses para ser controlado.
Porém, vazamentos menores também têm conseqüências muito graves e deveriam causar a mesma indignação. Ainda que aconteçam o tempo todo.

Para vocês verem que eu não estou exagerando: as manchetes abaixo são todas da última semana

Vazamento de petróleo atinge praia na Índia
"Uma grande quantidade de óleo invadiu as águas de uma praia nas proximidades de Mumbai, na Índia. A catástrofe ambiental foi motivada pelo afundamento de um cargueiro."
(Band, 7 de agosto de 2011)

Vazamento de petróleo na costa da China é grave, afirma companhia
(G1, 12 de agosto de 2011)

Vazamento de petróleo contamina Mar do Norte
"A Shell tenta conter o segundo rompimento em duto da plataforma Gannet Alpha, na costa escocesa. Acidente é possivelmente o pior da década no Mar do Norte."
(Deutsche Welle Brasil, 16 de agosto de 2011)

Na Nigéria, o petróleo contamina o delta do rio Níger há 50 anos.

E agora resolveram permitir a exploração de petróleo no arquipélago de Abrolhos, a área com maior biodiversidade do Atlântico Sul!
(Assine a petição contra a exploração de petróleo em Abrolhos - "Deixe as Baleias Namorarem" - no site do Greenpeace!)

campanha do Greenpeace contra a exploração de petróleo em Abrolhos
Somos verdadeiros junkies por petróleo, hein?
Vergonha da humanidade...