Já fez um ano... difícil de acreditar.
A Lídia, no blog Ecos na Sala, também escreveu sobre este assunto.
Dia 25 foi o primeiro aniversário da morte de Michael Jackson.
Eu lembro do dia em que recebi a notícia. Estava em um congresso, fazendo plantão junto ao meu painel, quando um amigo me falou. A notícia correu como um rastro de pólvora e em instantes todos estavam sabendo.
No meio do circo que armaram em torno da morte dele, que me lembra a canção Candle in the Wind que Elton John fez para Marilyn Monroe ("even when you died all the press still haunted you"...), a minha sensação era estranha.
Porque, para ser sincera, as músicas que eu conheço dele são (relativamente) antigas. Eu o admirava muito, mas acho que admirava o Michael dos anos 80.
Isso não quer dizer que não tenha sentido muito pela sua morte. Senti, e ainda sinto, muita tristeza.
Ele era um artista fantástico.
Suas músicas ainda soam novas, seus clipes (Billie Jean, Thriller, Black or White...) ainda constam dentre os melhores clipes do mundo, e ainda me arrepio toda ao ver gravações suas ao vivo.
Como a música abaixo, Smooth Criminal:
Pouco depois da morte de Michael, eu li uma postagem no Mindprints que gostaria de partilhar, porque me identifiquei muito com ela. Especialmente o modo como o autor, Marcio K, fala da sua relação com música ao longo da vida.
Mesmo eu tendo nascido alguns anos depois dele, e tendo conhecido Michael quando ele já era o Rei do Pop há muito tempo, minha relação com a música foi semelhante.
Me lembro de como comprar CDs e assistir MTV eram obsessões, no começo da adolescência. Quando eu tinha uns 13, 14 anos, CDs não eram tão caros quanto agora (custavam uns R$18), e eu e minhas amigas baseávamos o preço das coisas em quantos CDs poderíamos comprar com aquele dinheiro ("Que absurdo! Essa calça custa uns cinco CDs!").
E eu sentava com minhas amigas para ouvir música e conversar... eu escrevia e traduzia letras de música para outras pessoas, e nós discutíamos as letras das músicas, e falávamos de música, filmes, livros, escola, garotos, artistas, política, futuro... Esses momentos foram uma parte muito importante do nosso crescimento.
Michael, no entanto, não participou muito desses momentos. Ele estava mais no fundo... mas sempre presente.
Acreditem ou não, o CD duplo HIStory foi um dos primeiros CDs que comprei na minha vida. Acho que eu tinha oito anos. Não me lembro a ordem, mas sei que os quatro primeiros CDs que comprei foram: Nove Luas dos Paralamas do Sucesso (que ouvi muito mas depois enjoei e dei para uma amiga), um de Sandy & Júnior (eu tinha oito anos, vai! Já sumiu faz tempo!), um com "os grandes sucessos de Raul Seixas" (esse eu ainda ouço e amo) e o HIStory.
Até recentemente, eu colocava o CD mais para dançar, não prestava muita atenção às músicas.
Com exceção de Man in the Mirror, que sempre achei linda:
É realmente uma pena termos perdido este grande talento.
Mas é maravilhoso que ele tenha existido e trazido tantas coisas boas!
Sua música não vai morrer, nunca!
Eu vou aprender a tocar guitarra e tocar Beat It, esperem para ver!
Beat It, ao vivo em Munique em 1997 (turnê HIStory), com a fodástica Jennifer Batten na guitarra:
Na verdade, Michael não morreu.
Ele só voltou para o planeta dele.
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