quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Feliz dia das crianças!

Em homenagem à inocência das crianças, à sua capacidade de sonhar e seu potencial para fazer do mundo um lugar melhor, uma bela canção do álbum Canção de Todas as Crianças, de Toquinho:



capa do CD Canção de Todas as Crianças, de ToquinhoO álbum, lançado em 1987, possui dez faixas, inspiradas na Declaração Universal dos Direitos da Criança.

O trabalho recebeu da ONU uma carta de reconhecimento por contribuição à humanidade, e no ano 2000 foi lançada uma versão com as letras em espanhol.


Ouvindo esta música agora, depois de tantos anos sem ouvi-la, cheguei a chorar, de tão inocente e idealista que é.
Fico triste por ver como o mundo me tornou menos otimista.

Vamos aproveitar este dia para lembrar de quando éramos menos cínicos e conformistas.

E cante Toquinho e leia Mafalda para as suas crianças!

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Cidades amigas das bicicletas

"A construção de cidades para pedestres e ciclistas não é um luxo. É o compromisso de uma sociedade democrática. É uma demonstração de respeito pela dignidade humana."




Mais Bogotá, em homenagem às minha maninhas queridas que me mostraram o vídeo:

Bogotá, capital da Colômbia, faz a transição para uma cidade amiga das bicicletas

sábado, 8 de outubro de 2011

O DNA de Bin Laden

Por Drauzio Varella, publicado hoje na Folha; vi no Conteúdo Livre
No Paquistão, 150 mil crianças por ano morrem de doenças que seriam prevenidas por vacinação

Neste sábado, caro leitor, vou contar uma história que parece mentira. De início, deixo claro que dela tomei conhecimento através de duas fontes dignas de crédito: a revista "Science", publicação oficial da Academia Americana de Ciências, e o jornal inglês "The Guardian".

Obstinadamente empenhada na caça a Bin Laden, a U.S. Central Intelligence Agency (CIA) elaborou um plano que nada fica a dever à melhor ficção científica.

A agência havia recolhido indícios de que o homem mais procurado do mundo viveria pacatamente com os familiares em determinada área da cidade de Abbottabad, no Paquistão, mas desconhecia o local exato, informação necessária para que o grupo de elite, conhecido como Seals, montasse a estratégia para o ataque final.

Segundo o "Guardian", para executar o plano, os agentes da CIA contaram com a ajuda de um colaborador paquistanês, o médico Shakil Afridi, funcionário graduado do serviço público, hoje preso em seu país por haver se mancomunado com agentes estrangeiros no complô descrito a seguir.

Em março deste ano, com a colaboração do doutor Afridi, técnicos de saúde anunciaram uma campanha de vacinação gratuita contra a hepatite B. Para disfarçar o verdadeiro objetivo da empreitada, o programa foi iniciado num dos subúrbios mais pobres de Abbottabad.

Depois de administrar a primeira dose da vacina para os habitantes daquela área suburbana, os técnicos transferiram os equipamentos para uma clínica situada em outro bairro da cidade, justamente nas vizinhanças do local em que supunham encontrar Bin Laden.

A intenção não era simplesmente bisbilhotar as casas em busca daquela em que morava o homem procurado. O plano era mais complexo.

O que os agentes americanos pretendiam era que as enfermeiras encarregadas de aplicar a vacina em seguida colhessem amostras de sangue das crianças. De posse delas, seria feita a separação do DNA para compará-lo com aquele obtido de uma das irmãs de Bin Laden, morta na cidade americana de Boston, em 2010.

Dessa forma, esperavam identificar o DNA de um dos filhos do inimigo para chegar com certeza ao endereço do pai.

É provável que o complô tenha tido êxito, porque as enfermeiras encarregadas de administrar a vacina nos domicílios e colher sangue das crianças obtiveram permissão para entrar na área dos empregados que trabalhavam na residência do homem-alvo.

A esta altura, leitor cético, você estará imaginando que a "Science" e o "Guardian" aceitaram como verdade uma versão fantasiosa, simplesmente porque os seres humanos são dotados de uma boa vontade incrível para acreditar em complôs. Em especial, quando envolvem serviços secretos como a CIA, terrorismo internacional e países exóticos.

Está enganado; o próprio governo americano confirmou os fatos através de um comunicado à imprensa: "A campanha de vacinação foi parte de uma caçada ao maior terrorista do mundo, nada além disso. Foi uma vacinação verdadeira conduzida por profissionais da área médica. Esse tipo de ação não é realizado pela CIA todos os dias".

A Organização Mundial da Saúde, a Unicef, a Cruz Vermelha Internacional e os Médicos sem Fronteiras protestaram veementemente contra o uso de serviços médicos para uma população necessitada com finalidades militares.

No Paquistão, morrem de doenças que seriam prevenidas por vacinação 150 mil crianças por ano. A suspeição e a desconfiança dos paquistaneses em relação aos países ocidentais agravam o problema.

Em 2007, clérigos extremistas muçulmanos lançaram rumores de que as vacinas contra a poliomielite oferecidas à população tinham o propósito de disseminar a Aids e esterilizar meninas muçulmanas. Como resultado, 24 mil famílias se recusaram a vacinar os filhos, e algumas clínicas foram depredadas.

As organizações citadas estão trabalhando com os governos locais para reforçar entre os habitantes a importância e a segurança da imunização.

Sophie Delawney, diretora-executiva dos Médicos sem Fronteiras, resume o que penso a respeito desses acontecimentos: "Existem regras que devem ser obedecidas mesmo durante as guerras. A ética médica é universal".

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Primavera nos EUA?

Declaradamente inspirados na chamada Primavera Árabe, centenas de manifestantes estão acampados há mais de duas semanas na praça Liberty em Nova York, a duas quadras de Wall Street.

O movimento descentralizado, denominado Ocupar Wall Street, protesta contra a corrupção e os privilégios do setor financeiro, representado pelos corretores e executivos de Wall Street, e os auxílios financeiros do governo aos bancos e corporações durante a crise.
"Somos os 99% da população que não toleram mais a ganância e a corrupção do 1% restante", diz o site do movimento, occupywallst.org


No último sábado (01/10), cerca de 1500 manifestantes ocuparam a ponte do Brooklyn, bloqueando o tráfego. A polícia repreendeu a manifestação e prendeu mais de 700 pessoas, com respaldo da prefeitura de Nova York.

Segundo alguns manifestantes, a polícia teria preparado uma armadilha, permitindo que eles ocupassem a pista para, depois de percorrido um terço da ponte, cercá-los e prendê-los. A polícia nega e afirma que deu ordens explícitas para que os manifestantes não ocupassem a pista, e que aqueles que permaneceram na área para pedestres não foram detidos. No entanto, o New York Times diz que, horas antes, já haviam sido despachados 10 caminhões para a área, para transporte de presos, sugerindo que as prisões foram um movimento planejado.

Ocupar Wall Street no New York Times: leva apenas 20 minutos para mudar a culpa de lugar
Imagem divulgada no site occupywallst.org, mostrando alteração na cobertura
dos acontecimentos do dia 1 de outubro no site do New York Times:
Às 18h59, a notícia assinada por Colin Moynihan afirmava que "depois de permitir que ocupassem a ponte,
a polícia barrou e prendeu dúzias de manifestantes do Ocupar Wall Street"
Às 19h19, a mesma notícia, agora assinada por Colin Moynihan e Al Baker, dizia que "em um tenso confronto, a polícia prendeu centenas de manifestantes do Ocupar Wall Street após eles marcharem sobre a pista em direção ao Brooklyn"

Apesar da repressão, os protestos estão crescendo.

Manifestações menores estão se espalhando por outras cidades, como a ação "Ocupar Los Angeles", que reuniu centenas de pessoas no sábado. Em Boston, 24 pessoas foram presas em um protesto no Bank of America na sexta-feira.

Os manifestantes em Nova York contam com o apoio de algumas celebridades, como a atriz Susan Sarandon, o diretor Michael Moore e o lingüista Noam Chomsky, e de muitos fuzileiros navais. No sábado, os sindicatos dos trabalhadores do setor siderúrgico, dos professores, do setor de serviços e do setor de transportes declararam apoio ao movimento. Uma grande manifestação conjunta está sendo anunciada para a próxima quarta-feira.


Leia a seguir o primeiro comunicado oficial do Ocupar Wall Street (tradução de Idelber Avelar, da revista Fórum; original no site occupywallst.org):
Este comunicado foi votado unanimemente pelos membros do Ocupar Wall Street, por volta das 20:00 do dia 29 de setembro. É nosso primeiro documento oficial. Temos outros três em preparação, que provavelmente serão lançados nos próximos dias: 1) uma declaração de demandas do movimento; 2) princípios de solidariedade; 3) documentação sobre como formar o seu próprio Grupo de Ocupação de Democracia Direta.

Este é um documento vivo. Você pode receber uma cópia oficial da última versão pelo e-mail c2anycga@gmail.com.

Ao nos reunirmos em solidariedade para expressar um sentimento de injustiça massiva, não devemos perder de vista aquilo que nos reuniu. Escrevemos para que todas as pessoas que se sentem atingidas pelas forças corporativas do mundo saibam que somos suas aliadas.

Unidos como povo, reconhecemos a realidade: que o futuro da raça humana exige a cooperação de seus membros; que nosso sistema deve proteger nossos direitos e que, ante a corrupção desse sistema, resta aos indivíduos a proteção de seus próprios direitos e daqueles de seus vizinhos; que um governo democrático deriva seu justo poder do povo, mas as corporações não pedem permissão para extrair riqueza do povo e da Terra; e que nenhuma democracia real é atingível quando o processo é determinado pelo poder econômico. Nós nos aproximamos de vocês num momento em que as corporações, que colocam o lucro antes das pessoas, o interesse próprio antes da justiça, e a opressão antes da igualdade, controlam nosso governo. Nós nos reunimos aqui, pacificamente, em asssembleia, como é de direito nosso, para tornar esses fatos públicos.

Elas tomaram nossas casas através de um processo de liquidação ilegal, apesar de que não eram donos da hipoteca original.

Elas receberam impunemente socorro financeiro tirado dos contribuintes, e continuam dando bônus exorbitantes a seus executivos.

Elas perpetuaram a desigualdade e a discriminação no local de trabalho, baseados em idade, cor da pele, sexo, identidade de gênero e orientação sexual.

Elas envenenaram a oferta de comida pela negligência e destruíram a agricultura familiar através do monopólio.

Elas lucraram com a tortura, o confinamento e o tratamento cruel de incontáveis animais não-humanos, e deliberadamente escondem essas práticas.

Elas continuamente arrancaram dos empregados o direito de negociar melhores salários e condições de trabalho mais seguras.

Elas mantiveram os estudantes reféns com dezenas de milhares de dólares em dívidas pela educação, que é, em si mesma, um direito humano.

Elas consistentemente terceirizaram o trabalho e usaram essa terceirização como alavanca para cortar salários e assistência médica dos trabalhadores.

Elas influenciaram os tribunais para que tivessem os mesmos direitos que os seres humanos, sem qualquer das culpabilidades ou responsabilidades.

Elas gastaram milhões de dólares com equipes de advogados para encontrar formas de escapar de seus contratos de seguros de saúde.

Elas venderam nossa privacidade como se fosse mercadoria.

Elas usaram o exército e a polícia para impedir a liberdade de imprensa.

Elas deliberadamente se recusaram a recolher produtos danificados que ameaçavam as vidas das pessoas, tudo em nome do lucro.

Elas determinaram a política econômica, apesar dos fracassos catastróficos que essas políticas produziram e continuam a produzir.

Elas doaram enormes quantidades de dinheiro a políticos cuja obrigação era regulá-las.

Elas continuam a bloquear formas alternativas de energia para nos manter dependentes do petróleo.

Elas continuam a bloquear formas genéricas de remédios que poderiam salvar vidas das pessoas para proteger investimentos que já deram lucros substanciais.

Elas deliberadamente esconderam vazamentos de petróleo, acidentes, arquivos falsificados e ingredientes inativos, tudo na busca do lucro.

Elas deliberadamente mantiveram as pessoas malinformadas e medrosas através de seu controle da mídia.

Elas aceitaram contratos privados para assassinar prisioneiros mesmo quando confrontadas com dúvidas sérias acerca de sua culpa.

Elas perpetuaram o colonialismo dentro e fora do país.

Elas participaram da tortura e do assassinato de civis inocentes em outros países.

Elas continuam a criar armas de destruição em massa para receber contratos do governo.

Para os povos do mundo,

Nós, a Assembleia Geral de Nova York que ocupa Wall Street na Praça Liberdade, os convocamos a que façam valer o seu poder.

Exercitem o seu direito a assembleias pacíficas; ocupem os espaços públicos; criem um processo que lide com os problemas que enfrentamos; e gerem soluções acessíveis a todos.

A todas as comunidades que formem grupos e ajam no espírito da democracia direta, nós oferecemos apoio, documentação e todos os recursos que temos.

Juntem-se a nós e façam com que suas vozes sejam ouvidas!

*Estas demandas não são exaustivas.

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Assim como outros tantos protestos descentralizados realizados atualmente, o Ocupar Wall Street parece pecar pela falta de objetivos comuns (segundo alguns manifestantes, "não importa contra o quê você proteste, venha protestar!") e pela falta de profundidade dos questionamentos. Os pontos de objeção são certamente pertinentes, mas poucos parecem procurar as causas por trás deles.
As grandes corporações e os multimilionários ("o 1% da população que detém 50% da riqueza") controlam a política, e isto dificilmente vai mudar. Mas quero ser otimista e desejar sucesso aos manifestantes; pelo menos o fim da isenção de impostos dos mais ricos já seria uma grande conquista para os estadunidenses.
No entanto, seria ingenuidade esperar mudanças na essência do sistema capitalista americano.


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Para entender a revolta:
Assista o documentário vencedor do Oscar Trabalho Interno ("Inside Job"), sobre o poder e os podres de Wall Street. Veja o trailer:


sábado, 1 de outubro de 2011

Ecocídio pode virar crime contra a humanidade

Definição, traduzida do site Eradicating Ecocide ("erradicando o ecocídio"):
Ecocídio: destruição extensa, dano a ou perda de ecossistema(s) em determinado território, por ação humana ou outras causas, em tal proporção que o aproveitamento pacífico do território por seus habitantes tenha sido severamente prejudicado.
a advogada ambiental Polly Higgins e sua luta contra o ecocídioEsta foi a definição apresentada à ONU pela advogada ambiental Polly Higgins (www.pollyhiggins.com) - mas o termo já existia.

Ela lidera uma campanha para que o Tribunal Criminal Internacional inclua "ecocídio" na lista de crimes contra a humanidade.
Se for a votação, a proposta precisa ser aprovada por, pelo menos, 86 dos 116 países signatários.

A Suprema Corte do Reino Unido realizou ontem a simulação de julgamento de um caso fictício de ecocídio, com juiz de verdade, advogados de verdade, júri de verdade e um réu, o diretor de uma gigante do petróleo (interpretado por um ator).

O diretor foi acusado de ser responsável por um derramamento sem precedentes no Golfo do México e por um desastre decorrente da extração de óleo de areias betuminosas no Canadá.

Segundo os organizadores, o debate levantou questões importantes, como a divisão da culpa entre governos e empresas e as formas de medição dos danos. Depois de horas de argumentação, o júri considerou o CEO parcialmente culpado pelos desastres (informações do site da Istoé).

O julgamento foi transmitido ao vivo pela internet, e os vídeos serão disponibilizados em breve.

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Veja dez exemplos de ecocídio, listados no site Eradicating Ecocide:

1) A exploração das areias betuminosas na província de Alberta, Canadá

exploração de areias betuminosas no Canadá - foto de Peter Essick
A exploração de areias betuminosas no Canadá para obtenção de petróleo
é considerada "o projeto mais destrutivo da Terra"
Foto de Peter Essick - National Geographic


2) A "ilha" de lixo do oceano pacífico
(Taí um pelo qual eu gostaria de saber quem seria apontado culpado!)

mapa mostrando o Giro do Pacífico Norte
cinco depósitos de lixo (principalmente plástico) nos oceanos, que se formam nas áreas chamadas "giros", onde as correntes marítimas têm um movimento circular.
O maior deles fica no Pacífico Norte, entre os Estados Unidos e o Japão. Não se sabe exatamente o seu tamanho, mas estimativas a partir das correntes sugerem que pode ser maior que a área dos EUA.


Reportagem da ABC News sobre o acúmulo de lixo no Oceano Pacífico:
(não tem legendas, mas as imagens dizem muito)


3) O Delta do Níger, Nigéria

Derramamento de petróleo no Delta do rio Níger
Petróleo vaza no Delta do rio Níger há 50 anos.
O desastre ecológico agravou e causou diversos problemas sociais,
em uma área tradicionalmente ocupada por comunidades de pescadores.
Foto tirada em 03/2011, próximo a uma refinaria ilegal nos mangues de Ogoniland
(AP Photo/Sunday Alamba)


4) A mineração no fundo do mar

Pouco se sabe sobre os impactos que essa nova forma de exploração de recursos naturais poderia causar, mas, assim como a exploração de petróleo, é uma atividade de alto risco e alto potencial destrutivo.


5) A erupção do vulcão Lusi, na Indonésia

destruição causada pelo vulcão Lusi, na Indonésia
O vulcão entrou em erupção em maio de 2006, e ainda hoje jorra lama fervente. A erupção levou ao deslocamento de cerca de 50mil pessoas, e soterrou 12 vilas.
Em uma conferência em 2008, cientistas concluíram que a exploração de gás natural foi a causa da erupção.
Estima-se que a lama continuará jorrando por, pelo menos, mais 20 anos.


6) A mina de cobre de Bingham Canyon, Estados Unidos

a maior mina do mundo: Kennecott / Bingham Canyon
Trata-se da maior mina da Terra, e é explorada desde 1906.
Veja uma imagem da mina em 360 graus.


7) O derramamento de resíduos tóxicos no Equador



A Texaco (comprada pela Chevron em 2001) começou a extrair petróleo na Amazônia equatoriana na década de 1960.
Após 23 anos de operações, havia derramado 64 milhões de litros de petróleo e 68 bilhões de litros de água contaminada e tóxica, segundo a organização ambientalista Amazon Watch.
A batalha legal entre a Chevron e 30 mil equatorianos afetados já dura mais de 18 anos.
Veja mais informações aqui no blog, e no site Chevrontoxico


8) A cidade de Tianying, China

Tianying, China: impregnada de chumbo
Uma das cidades mais poluídas do mudo, Tianying produz metade do chumbo do país. O resultado é uma atmosfera impregnada de chumbo e outros metais pesados.
Em 2007, a concentração de chumbo no ar e no solo eram, respectivamente,
8,5 e 10 vezes maiores que os níveis aceitáveis nacionais.
Informações: worstpolluted.org


9) O desmatamento da Amazônia

desmatamento da Amazônia - foto de Jamil Bittar/Reuters
Ói nóis!
Orgulhoso?
(Foto de Jamil Bittar/Reuters)


10) A extração de petróleo no Ártico

Papai Noel: trabalho por petróleo
O Ártico abriga um ecossistema frágil que atualmente está sofrendo grandes mudanças,
e um grande número de espécies em extinção, como o urso polar e a baleia azul.
Estima-se que 30% do gás e 13% do óleo ainda não descobertos no mundo estão no Ártico. Se explorados, podem ser responsáveis por uma emissão de CO2 equivalente à do mundo inteiro em um ano.
Ninguém faz idéia de como limpar petróleo sob o gelo. Nas águas frias, o óleo demora mais tempo para se dispersar, e o gelo atrapalharia a aproximação de embarcações em caso de emergência. Segundo o Greenpeace, devido às condições climáticas, um vazamento na temporada de perfuração só poderia ser contido no ano seguinte.
O Serviço de Administração de Minerais dos EUA estima que as chances de ocorrer um derramamento de petróleo na região são de 20%, para cada bloco de concessões. Quanto mais blocos, maiores as probabilidades.
Mesmo assim, o Serviço liberou a exploração no Alasca.
Populações nativas protestam, pois sofrerão grande impacto socioeconômico.
A Rússia recentemente mudou a lei para permitir que novas plataformas de extração de petróleo se estabeleçam
sem estudos de impacto ambiental.
A imagem é do blog Bush Warriors, que questiona: será o Ártico o próximo Delta do Níger?