"...rolou tanta coisa, e tudo bem. Se você tentou, mas não realizou, tudo se resolve no ano que vem... Pra recomeçar, pra comemorar, paz, muita saúde e amor também!" (musiquinha da Brahma de uns 15 anos atrás - eu queria mesmo era colocar o comercial aqui, alguém sabe onde eu acho??)
Pois é, mais um ano vai começar.
2010 foi para mim um ano de luta e de questionamentos. Tenho questionado certezas que tive a vida inteira, principalmente sobre mim mesma, e isso não tem sido nada fácil.
Em 2011, eu espero encontrar um pouco mais de paz, e ter confiança e determinação para fazer o que é certo.
Eu espero que haja avanços na proteção ao meio ambiente, e não retrocessos - como uma ainda possível aprovação do Novo Código Florestal (ainda mais se considerando que a ONU declarou que 2011 será o Ano Internacional das Florestas!).
Eu espero que meus amigos e minha família fiquem bem de saúde e que 2011 seja um ano feliz para eles. Na verdade, desejo isso para todo o mundo.
Espero ver mais respeito entre as pessoas; que o valor da vida de alguém seja maior que o valor de um bem de consumo.
Enfim; espero que o ano que vai começar seja melhor do que o ano que passou e deixe muitas boas recordações!
"Há quatro coisas que não voltam atrás: A pedra, depois de solta pela mão; A palavra, depois de proferida; A ocasião, depois de perdida; E o tempo, depois de passado."
(Horacio Riminaldo)
Que 2011 seja um ano muuuuito gostoso para todos vocês!
Já está virando tradição, em São Paulo, o ano-novo trazer com ele o aumento na passagem de ônibus.
O prefeito Kassab anunciou, ontem, que a tarifa (atualmente a R$2,70) será de R$3,00 a partir do dia 5 de janeiro. Os usuários têm até o dia 4 para carregar o Bilhete Único com a tarifa antiga. Para alguém que vai e volta de ônibus do trabalho, 5 dias por semana, o novo valor representa um gasto mensal de aproximadamente R$120,00.
O prefeito é gente como a gente! Ele anda de ônibus! (uma vez por ano, no Dia Mundial Sem Carro) Fotos de Ricardo Fonseca/Secom
Kassab justifica o aumento dizendo que a prefeitura vai gastar menos com subsídios aos empresários. De uma forma ou de outra, é a população quem está pagando, para os empresários terem lucro. Comentaram no blog Ecologia Urbana, e eu concordo: o transporte público tem que ser um serviço público, e não uma atividade empresarial visando o lucro! A qualidade do seviço é péssima, os motoristas e cobradores ganham mal, e os donos das empresas deslocam-se pela cidade de helicóptero! Alguma coisa está errada!
A tarifa do ônibus em São Paulo já é a mais cara do Brasil. Alguém (que anda de ônibus) acha que isso se justifica?
A população é obrigada a perder às vezes horas esperando um ônibus, apenas para ter de viajar em pé em um veículo lotado, desconfortável e em condições precárias, e ainda perder mais horas no trânsito, em pé, com calor, desconfortável... E o prefeito deve achar que está fazendo um favor a essas pessoas!
Os ônibus são grandes poluidores e em parte isso se deve a uma manutenção inadequada. Veículo algum deveria soltar fumaça preta! (Como na foto à direita, de José Patricio/AE)
Também por manutenção inadequada, os ônibus de São Paulo estão sempre sob risco de quebrar no meio da rua. Já aconteceu comigo mais de uma vez, ter de descer no meio da rua, junto com dezenas de pessoas, e esperar o próximo ônibus, que certamente também já teria dezenas de pessoas dentro. Talvez seja por isso que muitos motoristas deixem o motor ligado, mesmo quando o ônibus vai ficar vários minutos parado no ponto final, agravando o problema da poluição - se desligar, ele pode não ligar de novo.
As companhias, visando apenas o lucro, não estão interessadas em transportar seus passageiros de modo eficiente, mas sim em transportar o maior número possível de pessoas no menor número possível de veículos.
O trânsito de São Paulo já é caótico e bate recordes a cada semana. Os paulistanos já aguardam o dia em que a cidade inteira vai parar pelo excesso de veículos. E mesmo assim a prefeitura e o governo estadual não investem em alternativas ao uso do carro particular!
O aumento na tarifa do ônibus é apenas mais um incentivo à não utilização do transporte público.
Brilhante por parte do prefeito fazer anúncios desse tipo quando boa parte da população está viajando, na praia ou com a família, se preocupando com presentes e ceias e pouco mobilizada.
Alguém sabe de algum movimento ou abaixo-assinado?
Bonan matenon! Hodiaux estas la Internacia Esperanto-Tago!
Bom Dia! Hoje é o Dia Internacional do Esperanto!
Hoje fazem 151 anos que nasceu, em Bialystok, na Polônia, Ludwig Zamenhof, criador do Esperanto - idioma artificial mais falado e bem sucedido no mundo.
Pode-se dizer que é a festa comemorada no maior número de países (sim, mais que o natal!).
Homenagem do Google a Zamenhof, em 15/12/2009:
Com apenas 123 anos de existência, o Esperanto já é um dos 100 idiomas mais falados no mundo, e é o mais fácil de se aprender. Enquanto se gasta anos (e muito dinheiro) para aprender inglês, e ainda não poder falar em pé de igualdade com um nativo, podemos aprender Esperanto em apenas alguns meses, e de graça!
E ainda tem a vantagem de, segundo vários estudos acadêmicos, o aprendizado do Esperanto facilitar o aprendizado de outros idiomas e melhorar o rendimento escolar dos alunos em todas as matérias (sério!).
Veja crianças de vários países fluentes em Esperanto:
O Esperanto também é mais fácil para os asiáticos.
O governo chinês estimula o estudo do Esperanto, e capacitou recentemente mais de 100 professores para ensinar o idioma. Eles também tem um site oficial em Esperanto, transmitem noticiários em Esperanto e a rádio oficial do governo tem programas em Esperanto.
Com a China crescendo no mercado mundial, é bom aprendermos Esperanto! Antes que exijam que a gente aprenda chinês!
Afinal, por que diabos um brasileiro e um chinês deveriam conversar em inglês?
No Brasil, também temos uma rádio com programas em Esperanto: a Parolu, Mondo!
E você pode assistir vários canais em Esperanto, produzidos em todo o mundo, na Esperanto-TV, e ouvir música em Esperanto, de todos os gêneros imagináveis, na Vinilkosmo.
Comece a estudar Esperanto hoje mesmo, e em pouco tempo você será fluente e poderá conversar com milhões de pessoas em todo o mundo, e até viajar hospedando-se de graça na casa de outros esperantistas com o Pasporta Servo!
Estou um pouco atrasada, mas só descobri hoje: em setembro, o Capitão Planeta completou 20 anos.
Vocês se lembram desse desenho? Eu gostava muito. Gostava pricipalmente do final, depois de terminar a história, quando os personagens davam dicas aos telespectadores de como cuidar do meio ambiente. Talvez não tenha sido um ótimo desenho, mas foi bem intencionado e ajudou a conscientizar muitas crianças.
O desenho foi cancelado em 1996, mas (se não me engano) ainda é exibido no canal Futura. E existe uma Captain Planet Foundation, com o objetivo de encorajar crianças e jovens a cuidar do ambiente. Você pode se inscrever, e se tornar um "planeteiro".
Para relembrar a infância, aqui está a abertura do desenho:
Hoje a Declaração Universal dos Direitos Humanos completa 62 anos de existência, infelizmente sem que seu conteúdo seja amplamente respeitado ou mesmo conhecido.
A escritora de livros infantis Ruth Rocha fez um belíssima adaptação do documento para as crianças. Aí está um livro que deveria estar presente em todas as bibliotecas e em todas as escolas:
Tendo em mente a universalidade do documento, publico aqui seu conteúdo no idioma universal, o Esperanto:
Universala Deklaracio de Homaj Rajtoj Adoptita kaj proklamita de Rezolucio 217 A (III) de la Ĝenerala Asembleo, 10an de decembro 1948
Antaŭkonsideroj
Pro tio, ke agnosko de la esenca digno kaj de la egalaj kaj nefordoneblaj rajtoj de ĉiuj membroj de la homara familio estas la fundamento de libero, justo kaj paco en la mondo,
Pro tio, ke malagnosko kaj malestimo de la homaj rajtoj rezultigis barbarajn agojn, kiuj forte ofendis la konsciencon de la homaro, kaj ke la efektiviĝo de tia mondo, en kiu la homoj ĝuos liberecon de parolo kaj de kredo kaj liberiĝon el timo kaj bezono, estas proklamita kiel la plej alta aspiro de ordinaraj homoj,
Pro tio, ke nepre necesas, se la homoj ne estu devigitaj, sen alia elektebla vojo, ribeli kontraŭ tiranismo kaj subpremo, ke la homaj rajtoj estu protektataj de la leĝo,
Pro tio, ke nepre necesas evoluigi amikajn rilatojn inter la nacioj,
Pro tio, ke la popoloj de Unuiĝintaj Nacioj en la Ĉarto reasertis sian firman kredon je la fundamentaj homaj rajtoj, je la digno kaj valoro de la homa personeco kaj je la egalaj rajtoj de viroj kaj virinoj, kaj firme decidis antaŭenigi socian progreson kaj pli altnivelan vivon en pli granda libereco,
Pro tio, ke la Ŝtatoj-Membroj sin devigis atingi, en kunlaboro kun Unuiĝintaj Nacioj, la antaŭenigon de universala respekto al kaj observado de la homaj rajtoj kaj fundamentaj liberecoj,
Pro tio, ke komuna kompreno pri tiuj ĉi rajtoj kaj liberecoj estas esence grava por plena realigo de tiu sindevigo,
Tial, nun,
La Ĝenerala Asembleo,
Proklamas tiun ĉi Universalan Deklaracion de Homaj Rajtoj kiel komunan celon de atingo por ĉiuj popoloj kaj ĉiuj nacioj, por tio, ke ĉiu individuo kaj ĉiu organo de la socio, konstante atentante ĉi tiun Deklaracion, per instruado kaj edukado strebu al respektigo de tiuj ĉi rajtoj kaj liberecoj, kaj per laŭgradaj paŝoj naciaj kaj internaciaj certigu ilian universalan kaj efektivan agnoskon kaj observadon, same tiel inter la popoloj de la Ŝtatoj-Membroj mem, kiel inter la popoloj de teritorioj sub ilia jurisdikcio.
Artikolo 1
Ĉiuj homoj estas denaske liberaj kaj egalaj laŭ digno kaj rajtoj. Ili posedas racion kaj konsciencon, kaj devus konduti unu al alia en spirito de frateco.
Artikolo 2
Ĉiuj rajtoj kaj liberecoj difinitaj en tiu ĉi Deklaracio validas same por ĉiuj homoj, sen kia ajn diferencigo, ĉu laŭ raso, haŭtkoloro, sekso, lingvo, religio, politika aŭ alia opinio, nacia aŭ socia deveno, posedaĵoj, naskiĝo aŭ alia stato. Plie, nenia diferencigo estu farata surbaze de la politika, jurisdikcia aŭ internacia pozicio de la lando aŭ teritorio, al kiu apartenas la koncerna persono, senkonsidere ĉu ĝi estas sendependa, sub kuratoreco, ne-sinreganta aŭ sub kia ajn alia limigo de la suvereneco.
Artikolo 3
Ĉiu havas la rajtojn je vivo, libereco kaj persona sekureco.
Artikolo 4
Neniu estu tenata en sklaveco aŭ servuteco; sklaveco kaj sklavkomerco estu malpermesitaj en ĉiuj siaj formoj.
Artikolo 5
Neniu suferu torturon aŭ kruelan, nehoman aŭ sendignigan traktadon aŭ punon.
Artikolo 6
Ĉiu rajtas esti ĉie agnoskita jure kiel persono.
Artikolo 7
Ĉiuj homoj estas jure egalaj, kaj rajtas sen diskriminacio al egala jura protekto. Ĉiuj rajtas ricevi egalan protekton kontraŭ kia ajn diskriminacio, kiu kontraŭas tiun ĉi Deklaracion, kaj kontraŭ kia ajn instigo al tia diskriminacio.
Artikolo 8
Ĉiu rajtas ricevi de la kompetentaj naciaj tribunaloj efikan riparon pro agoj, kiuj kontraŭas la fundamentajn rajtojn, kiujn li havas laŭ la konstitucio aŭ la leĝoj.
Artikolo 9
Neniu suferu arbitrajn areston, malliberigon aŭ ekzilon.
Artikolo 10
Ĉiu en plena egaleco rajtas je justa kaj publika proceso antaŭ sendependa kaj senpartia tribunalo, por prijuĝo de liaj rajtoj kaj devoj kaj de kiu ajn kriminala akuzo kontraŭ li.
Artikolo 11
1. Ĉiu akuzita pro punebla faro rajtas, ke oni supozu lin senkulpa, ĝis oni pruvos laŭleĝe lian kulpon en publika proceso, en kiu li ricevis ĉiujn garantiojn necesajn por sia defendo. 2. Neniu estu konsiderata krimkulpa pro kia ajn ago aŭ neago, kiu ne konsistigis puneblan faron, laŭ nacia aŭ internacia juro, en la tempo, kiam ĝi estis farita. Same tiel, ne estu aljuĝita pli severa puno ol tiu, kiu estis aplikebla en la tempo, kiam la punebla faro estis plenumita.
Artikolo 12
Neniu suferu arbitrajn intervenojn en sian privatecon, familion, hejmon aŭ korespondadon, nek atakojn kontraŭ sia honoro aŭ reputacio. Ĉiu rajtas ricevi juran protekton kontraŭ tiaj intervenoj aŭ atakoj.
Artikolo 13
1. Ĉiu havas la rajton libere moviĝi kaj loĝi interne de la limoj de kiu ajn ŝtato. 2. Ĉiu rajtas eliri el kiu ajn lando, inkluzive la propran, kaj reveni en sian landon.
Artikolo 14
1. Ĉiu rajtas peti kaj ricevi en aliaj landoj azilon kontraŭ persekuto. 2. Tiu rajto ne estas alvokebla en kazoj de persekutaj akuzoj malfalse levitaj pro ne-politikaj krimoj aŭ pro agoj kontraŭaj al la celoj kaj principoj de Unuiĝintaj Nacioj.
Artikolo 15
1. Ĉiu rajtas havi ŝtatanecon. 2. Al neniu estu arbitre forprenita la ŝtataneco, nek rifuzita la rajto ŝanĝi sian ŝtatanecon.
Artikolo 16
1. Plenaĝaj viroj kaj virinoj, sen ia ajn limigo pro raso, nacieco aŭ religio, rajtas edziĝi kaj fondi familion. Iliaj rajtoj estas egalaj koncerne la geedziĝon, dum la geedzeco kaj koncerne eksedziĝon. 2. Geedziĝo okazu sole laŭ libera kaj plena konsento de la geedziĝontoj. 3. La familio estas la natura kaj fundamenta grupunuo de la socio, kaj ĝi rajtas ricevi protekton de la socio kaj de la Ŝtato.
Artikolo 17
1. Ĉiu rajtas proprieti havaĵon, kaj sola kaj en asociiĝo kun aliaj. 2. Al neniu estu arbitre forprenita lia proprieto.
Artikolo 18
Ĉiu havas la rajton je libereco de penso, konscienco kaj religio; tiu ĉi rajto inkluzivas la liberecon ŝanĝi sian religion aŭ kredon, kaj liberecon manifesti, ĉu sola ĉu kune kun aliaj, ĉu publike ĉu private, sian religion aŭ kredon per instruado, praktikado, adorado kaj observado.
Artikolo 19
Ĉiu havas la rajton je libereco de opinio kaj esprimado; ĉi tiu rajto inkluzivas la liberecon havi opiniojn sen intervenoj de aliaj, kaj la rajton peti, ricevi kaj havigi informojn kaj ideojn per kiu ajn rimedo kaj senkonsidere pri la landlimoj.
Artikolo 20
1. Ĉiu havas la rajton je libereco de pacema kunvenado kaj asociiĝo. 2. Neniu estu devigita aparteni al asocio.
Artikolo 21
1. Ĉiu homo rajtas partopreni la regadon de sia lando, aŭ rekte aŭ pere de libere elektitaj reprezentantoj. 2. Ĉiu rajtas je egala aliro al publika servo en sia lando. 3. La volo de la popolo estu la bazo de la aŭtoritato de la registaro; tiu volo estu esprimata per regulaj kaj aŭtentikaj elektoj, kiuj okazu per universala kaj egala balotrajto, kaj per sekreta voĉdono aŭ ekvivalentaj liberaj voĉdonaj proceduroj.
Artikolo 22
Ĉiu, kiel membro de la socio, havas rajton je socia sekureco kaj povas postuli la realigon, per naciaj klopodoj kaj internacia kunlaboro, kaj konforme al la organizo kaj disponeblaj rimedoj de ĉiu Ŝtato, de tiuj ekonomiaj, sociaj kaj kulturaj rajtoj, kiuj estas nepre necesaj por lia digno kaj por la libera disvolviĝo de lia personeco.
Artikolo 23
1. Ĉiu havas rajton je laboro, je libera elekto de sia okupo, je justaj kaj favoraj laborkondiĉoj kaj je protekto kontraŭ senlaboreco. 2. Ĉiu, sen ia ajn diskriminacio, rajtas ricevi egalan salajron pro egala laboro. 3. Ĉiu, kiu laboras, rajtas ricevi justan kaj favoran kompenson, kiu certigu por li mem kaj por lia familio ekziston konforman al homa digno, kaj kiun suplementu, laŭnecese, aliaj rimedoj de socia protekto. 4. Ĉiu rajtas formi kaj aliĝi sindikatojn por protekto de siaj interesoj.
Artikolo 24
Ĉiu havas rajton je ripozo kaj libertempo, inkluzive racian limigon de la laborhoroj kaj periodajn feriojn kun salajro.
Artikolo 25
1. Ĉiu havas rajton je vivnivelo adekvata por la sano kaj bonfarto de si mem kaj de sia familio, inkluzive de nutraĵo, vestaĵoj, loĝejo kaj medicina prizorgo kaj necesaj sociaj servoj, kaj la rajton je sekureco en okazo de senlaboreco, malsano, malkapablo, vidvineco, maljuneco aŭ alia perdo de la vivrimedoj pro cirkonstancoj ekster sia povo. 2. Patrineco kaj infaneco rajtigas al specialaj prizorgoj kaj helpo. Ĉiuj infanoj, egale ĉu ili naskiĝis en aŭ ekster geedzeco, ricevu saman socian protekton.
Artikolo 26
1. Ĉiu havas rajton je edukiĝo. La edukado estu senpaga, almenaŭ en la elementa kaj fundamenta stadioj. La elementa edukado estu deviga. La teknika kaj porprofesia edukado estu ĝenerale akirebla, kaj pli alta edukado estu egale akirebla por ĉiuj laŭ ties meritoj. 2. Edukado celu la plenan disvolvon de la homa personeco kaj plifortigon de la respekto al la homaj rajtoj kaj fundamentaj liberecoj. Ĝi kreskigu komprenon, toleron kaj amikecon inter ĉiuj nacioj, rasaj aŭ religiaj grupoj, kaj antaŭenigu la agadon de Unuiĝintaj Nacioj por konservo de paco. 3. Gepatroj havas unuavican rajton elekti la specon de la edukado, kiun ricevu iliaj infanoj.
Artikolo 27
1. Ĉiu rajtas libere partopreni la kulturan vivon de la komunumo, ĝui la artojn kaj partopreni sciencan progreson kaj ĝiajn fruktojn. 2. Ĉiu havas rajton je protekto de la moralaj kaj materialaj interesoj rezultantaj el eventualaj sciencaj, literaturaj aŭ artaj produktaĵoj, kiujn li aŭtoris.
Artikolo 28
Ĉiu havas rajton je socia kaj internacia organizo, en kiu la rajtoj kaj liberecoj difinitaj en ĉi tiu Deklaracio povas esti plene realigitaj.
Artikolo 29
1. Ĉiu havas devojn al la komunumo, en kiu, sole, estas ebla la libera kaj plena disvolviĝo de lia personeco. 2. En la uzado de siaj rajtoj kaj liberecoj, ĉiu estu subigita sole al tiuj limigoj, kiuj estas jure difinitaj ekskluzive kun la celo certigi adekvatan rekonon kaj respekton por la rajtoj kaj liberecoj de aliaj kaj por konformiĝi al justaj postuloj de moralo, publika ordo kaj ĝenerala bonfarto en demokrata socio. 3. Tiuj ĉi rajtoj kaj liberecoj estas en neniu okazo efektivigeblaj kontraŭe al la celoj kaj principoj de Unuiĝintaj Nacioj.
Artikolo 30
Nenio en ĉi tiu Deklaracio estu interpretita kiel implico, ke iu ajn Ŝtato, grupo aŭ persono iel ajn rajtas entrepreni ian ajn agadon aŭ plenumi ian ajn agon, kiu celus detrui kiun ajn el la rajtoj kaj liberecoj ĉi-ene difinitaj.
Mais uma vez, faço um apelo aos meus leitores para que se mobilizem pelo Código Florestal brasileiro.
Nesta semana, enquanto os olhos dos ambientalistas estavam voltados para a COP16 em Cancún, os ruralistas entraram com um pedido na Câmara dos Deputados para votar regime de urgência para o Código Florestal, que colocaria a votação do projeto de alteração do Código como prioridade, numa tentativa de aprovar o projeto ainda este ano.
Tentaram incluir a votação da urgência na última terça (dia 07), porém a discussão sobre a urgência de votar a legalização dos bingos (outro assunto "urgente", não é mesmo?) adiou essa discussão. Ficou acordado que a urgência do código será votada na próxima terça, dia 14. Segundo boatos, o líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT/SP), teria concordado com essa votação em troca de apoio dos ruralistas a seu nome para a presidência da Câmara.
Eu já escrevi bastante aqui neste blog sobre os problemas da mudança no Código Florestal. É só seguir o marcador "código florestal" para se informar, ou então clique aqui e veja uma postagem que resume a questão.
Este é um assunto muito sério. A votação do Substitutivo ao Código Florestal não é urgente; é prematura e irresponsável! O Ministério do Meio Ambiente (MMA) e um grupo de cientistas estão elaborando outras propostas para alterar o Código Florestal, como os ruralistas dizem ser necessário, porém de maneira mais responsável. O projeto que tramita na Câmara foi elaborado sem base científica, e vai na contramão dos interesses nacionais e internacionais.
O MMA, a Embrapa, várias associações de pequenos produtores (como o Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) e a Federação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (FETAF)), o MST, a comunidade científica (através da SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência), da Academia Brasileira de Ciências e de vários professores e pesquisadores de universidades como USP, UNICAMP e ESALq) e ongs ambientalistas como Greenpeace e WWF já se manifestaram contra o novo Código Florestal.
Além de ameaçar a biodiversidade e biomas já ameaçados pela agropecuária como a Mata Atlântica, o Cerrado e a Amazônia, as mudanças no Código florestal ameaçam nossos recursos naturais, como a água que bebemos e o abastecimento de energia elétrica, e a médio prazo terão impacto negativo também na agricultura.
Desmatamento na Amazônia entre 2000 e 2005. (retirado do site do governo do Pará)
Manifeste-se contra a "urgência" da votação do novo Código Florestal!
Você pode começar entrando em contato com o deputado Cândido Vaccarezza, no telefone 61-3215-5958 ou aqui, por e-mail. Através desse mesmo dite, da Câmara, é possível enviar e-mail para todos os deputados.
Vale a pena falar também com o ministro Alexandre Padilha, que cuida da relação do governo com o Congresso, e deve estar sabendo do acordo. O telefone é (61) 3411.1585 e o e-mail é sripr@planalto.gov.br .
Ligue para os números abaixo e peça: "Por favor remova o pedido de urgência do seu partido da votação do Codigo Florestal"
A FUNVERDE e a ong Chauá pedem para fazermos pressão na mídia, entrando em contato com grandes redes de comunicação (que até o momento têm dado muito mais espaço para os políticos ruralistas aparecerem defendendo o projeto). Veja neste link como enviar mensagens para redes de televisão a editoras de revistas, e uma sugestão de mensagem.
Você pode enviar também mensagens a alguns dos deputados pelo Twitter: @moreiramendes23 @jovair_arantes @pizzolatti @liderPPnaCamara @deputadavanessa @sandromabel @depHugoLeal @bornhausen @colattodeputado
E, claro, conscientizar seus amigos e contatos sobre o que está acontecendo. É o seu país também!
Militantes do Greenpeace, durante votação do relatório de Aldo Rebelo (PCdoB) sobre o Código Florestal (Foto: Janine Moraes)
Alguns manifestos já publicados contra a alteração do Código Florestal:
19/09/2010 - Carta-Manifesto em defesa do Código Florestal Brasileiro - ONG Meio Ambiente Equilibrado (MAE), Promotoria do Meio Ambiente de Londrina (Ministério Público Estadual), Procuradoria da República em Londrina (Ministério Público Federal), LABRE-UEL, Conselho Municipal do Meio Ambiente de Londrina (CONSEMMA), Comissão Pastoral da Terra (CPT), MST, Instituto Ecometrópole, Fazenda Bimini, Ong Tudo Verde
Muita gente ainda não sabe disso, e acredita que apenas abraçar, beijar ou apenas ficar na mesma sala que um portador do vírus HIV já é arriscado. Por culpa da desinformação, muitos portadores do vírus perdem o emprego, perdem amigos, perdem o contato com a família...
Muito pior do que viver com a doença é viver isolado por causa do preconceito.
Na campanha do Dia Mundial da Luta Contra a AIDS de 2008, um homem passou o dia no interior de uma bola transparente, com a frase "O preconceito isola" impressa, na Praça dos Três Poderes em Brasília.
Na base, estava escrita uma frase de Betinho:
"Há uma coisa dentro de mim, contagiosa e mortal, perigosíssima, chamada vida, que lateja como um desafio"
Na campanha de 2009, o slogan foi "Viver com AIDS é possível. Com o preconceito, não." Uma das pessoas retratadas no cartaz realmente tem o vírus HIV.
Se fala tanto sobre a AIDS, mas ainda há tanta desinformação... Camila Macedo Guastaferro, psicóloga e educadora sexual, expõe 10 mitos sobre a doença.
Para se prevenir comtra AIDS, gonorréia, sífilis e otras DSTs, e contra a gravidez indesejada, use camisinha!
Roraima antecipa mudanças no Código Florestal, reduz APPs e anistia desmatadores
O Estado de Roraima já começou a legislar sobre as questões ambientais, antecipando as mudanças no Código Florestal propostas pelo deputado Aldo Rebelo (PCdoB). O resultado foi a redução das Áreas de Preservação Permanente (APPs) na beira dos rios, a anistia geral aos desmatadores e o fim da obrigatoriedade de compensar os impactos com medidas de recuperação ambiental.
A Área de Preservação Permanente (APP) do Rio Branco, o maior do estado, foi reduzida de 500 para apenas 50 metros (Lei Complementar nº 153/2009). Como o Rio Branco tem mais de mil metros de uma margem a outra, proteger apenas 50 metros de margem significa reduzir a APP para menos de um vigésimo de sua largura, colocando em risco a saúde do rio.
Na teoria a APP não foi reduzida, apenas se tornou de interesse social e utilidade pública para a agropecuária em geral. Na prática é o mesmo. Ao determinar que “fica vedada a exploração de floresta ou vegetação nativa em faixa marginal de 50m, contando do limite do canal”, a lei permite que a vegetação original da beira do rio, antes protegida até 500 metros, seja derrubada e vendida, e permite ainda que o proprietário receba licenciamento automático se a licença ambiental não sair em até noventa dias, além de incentivos e isenções.
Assim, cultivar na beira dos rios de Roraima se tornou mais atraente do que em outras áreas com maior aptidão agrícola e menor custo ambiental. A nova lei estadual também passa a proteger os estuários e o mar territorial do estado. O problema, entretanto, é que Roraima não tem mar.
Outro exemplo é a lei chamada de “Roraima Sustentável” (Lei Complementar nº 149/2009), que tem como objetivo realizar a necessária regularização daqueles que desmataram áreas de reserva legal. Na prática, entretanto, trata-se de oferecer anistia geral aos que desmataram fora da lei, sem fazer qualquer distinção caso a caso, beneficiando também aqueles que, agindo de má fé, desmataram grandes áreas e ganharam muito dinheiro com a venda da madeira.
Funciona assim: o proprietário se apresenta, se compromete a deixar a floresta derrubada crescer por conta própria, cumpre algumas formalidades e pronto. Para ser perdoado das multas e ficar novamente dentro da lei, basta não fazer nada. Por outro lado, se o estado não exigir que o proprietário deixe a floresta crescer de novo, ele pode pagar uma módica quantia e usar a área derrubada como bem entender. Quem quiser, voluntariamente, pode gastar mais dinheiro comprando áreas similares às que foram derrubadas ou investindo em outras formas de compensação ambiental que ajudem a natureza a se regenerar. Mas isto é opcional.
O exemplo de Roraima resultou em menor proteção do meio ambiente, impunidade e incentivo ao desmatamento, colocou o estado em desacordo com os compromissos assumidos pelo País e em situação de fragilidade frente às mudanças climáticas. Não significa que, havendo oportunidade, todos os estados vão necessariamente seguir o mau exemplo de Roraima, mas é o suficiente para justificar o temor dos críticos e evocar o princípio da precaução.
Entregar a política ambiental do País nas mãos dos deputados estaduais, sem estabelecer limites claros nem salvaguardas consistentes, como querem Aldo e os ruralistas, pode custar muito caro para o Brasil. Vide o exemplo de Roraima.
- dia 14 de novembro, cinco rapazes - um de 19 anos, um de 17 e três de 16 - agrediram quatro pessoas na Avenida Paulista, ao que tudo indica com motivação homofóbica. Uma das agressões foi filmada por uma câmera de segurança e exibida em telejornais, mostrando um dos agressores quebrar duas lâmpadas fluorescentes na cabeça de um rapaz que passava pela calçada no sentido oposto. Um segurança do prédio socorreu o rapaz. Os agressores foram presos, mas soltos em seguida, e seus pais afirmam ter sido "apenas uma briga". O pai de Jonathan Lauton Domingues, único maior preso, afirmou que o filho "foi assediado por homossexuais. Ele pediu para parar, eles não pararam. Aí, virou briga". É um argumento recorrente, quando se lê opiniões a respeito desses casos: "ser gay não é problema, desde que não venha me cantar". Parece que espancar (ou matar?) homossexuais que passam cantadas é legítimo. (oba! Podemos bater nos caras que nos passam cantadas na rua, também? Vou já comprar lâmpadas fluorescentes; isso deve ser divertido!) - no mesmo dia, 14 de novembro, algumas horas depois da Parada Gay do Rio de Janeiro, alguns jovens estavam namorando no Arpoador quando foram abordados por oficiais do exército. Um sargento deu um tiro de fuzil em um estudante. A bala perfurou a barriga e saiu pelas costas. Felizmente, o rapaz sobreviveu. O sargento afirma que o tiro foi "acidental".
Além de nossas fronteiras, a coisa também está feia.
Orientação sexual foi retirada da lista da ONU de motivos discriminatórios para execuções. O que significa que a Organização não condena mais que se mate homossexuais e bissexuais apenas pelo fato de o serem. Uma resolução da ONU afirma que todas as pessoas têm o direito à vida, e faz um apelo aos países que não ratifiquem e que investiguem mortes com base discriminatória, como etnia, crença religiosa e minoria lingüística. Orientação sexual constava da lista, até o último dia 17, quando foi retirada por 79 votos a 70. Dos 79 países que votaram a favor, 5 aplicam pena capital contra homossexuais, e outros - como Uganda - estão considerando acrescentar a pena de morte em suas leis que criminalizam a homossexualidade.
Acho que parte dessa divisão está relacionada com a discussão se a orientação sexual é uma escolha, ou é algo da "natureza" da pessoa. Acho que, na cabeça de muita gente, se uma pessoa nasce gay, condená-la à morte por isso seria contrário ao direito fundamental à vida. Mas se, pelo contrário, a homossexualidade for uma opção, os países teriam mais liberdade para criminalizá-la. Considero essa discussão simplesmente inútil. Eu tenho olhos castanhos, sou fã do U2 e heterossexual. Acabo de citar três características minhas. Elas não me definem, mas são parte do que eu sou. Não importa realmente se eu nasci com algumas delas ou se eu as adquiri a partir de minhas experiências de vida. Se eu não estou prejudicando ninguém, por que alguém me pressionaria para mudar qualquer uma dessas características? Ou pior, me condenaria à morte por uma delas, sem que eu tenha feito mal a ninguém? Agora, acredito que ninguém possa "escolher" por quem se sentir atraído. As pessoas podem escolher com quem se relacionar. Podem se relacionar com pessoas de quem não gostam e ser infelizes pelo resto da vida, mas não podem controlar seus sentimentos. (e uma ressalva que, como bióloga, eu não posso deixar de fazer: nenhuma característica de nenhum ser vivo é totalmente "inata" ou totalmente "adquirida pela experiência")
Bullying homofóbico
Muitos adolescentes e pré-adolescentes cometem suicídio todos os anos por sofrerem preconceito por ser diferentes. Muitas vezes, o preconceito vêm dos próprios pais. Quem nunca ouviu alguém dizer que "prefere um filho morto a um filho gay"?
Vídeo: reportagem sobre o suicídio de um garoto de 14 anos, no Profissão Repórter
Nos Estados Unidos, uma campanha de depoimentos em vídeo, intitulada It Gets Better (algo como "vai melhorar") procura oferecer esperança a eses jovens. Até o presidente Obama participou:
PLC 122/2006 O PLC 122/06 é um projeo de lei em tramitação no Senado que pune a discriminação baseada na orientação sexual ou na identidade de gênero. Se você concorda com o projeto, assine o abaixo-assinado!
Uma vez, acho que eu tinha uns 13 anos, estava descobrindo a internet e fui debater sobre homossexualidade num site, uma espécie de ancestral do Orkut que não existe mais há anos. Eu perguntei por que as pessoas eram contra a homossexualidade. Um cara respondeu que não gostava de homossexuais "porque eles molestam garotinhos". Eu respondi "puxa, não tinha pensado nisso! Vamos odiar os homens heterossexuais também, então, por molestarem garotinhas!" O cara não se manifestou mais...
Caso alguém ainda tenha a falta de senso crítico para dizer algo parecido com o que o cara disse, sugiro procurar as palavras "homossexual" e "pedófilo" no dicionário. Elas não são sinônimos, ok?
Heterossexuais, homossexuais, bissexuais, transgêneros... são todos seres humanos, com virtudes e defeitos, e que merecem ter os mesmos direitos.
Qual é a justificativa para impedir que duas pessoas que se amam construam uma vida juntas? Para que não se permita que duas pessoas que viveram juntas a maior parte de sua vida sejam reconhecidas como um casal? Para impedir uma pessoa de visitar quem ela ama no hospital por não ser oficialmente da família, independente de quantos anos elas viveram juntas?
Por que não aprovar o casamento gay, como fez recentemente a Argentina? (para os assustados: o casamento legalmente aceito é o civil. Um casamento religioso pode - ou não - valer como civil. Mas aprovar o casamento entre pessoas do mesmo sexo não significa dois homens ou duas mulheres no altar. Isso não depende da lei, depende de cada igreja. Uma igreja pode, hoje, realizar cerimônias de casamento para casais do mesmo sexo; elas só não terão valor legal)
Aqui está uma lista de países que reconhecem legalmente o casamento entre pessoas do mesmo sexo (fonte: Wikipedia): África do Sul, Argentina, Bélgica, Canadá, Espanha, Islândia, Noruega, Países Baixos, Portugal, Suécia e alguns estados (Connecticut, Iowa, Massachusetts, New Hampshire, Vermont, Washington D.C.) dos EUA.
Imagem publicada no tablóide britâncio One80news em junho de 2008
Faz sentido a imagem de dois homens se beijando ser mais chocante do que a imagem de dois homens se matando?
Termino citando o que a Lola escreveu - e eu adorei - no blog Escreva Lola Escreva:
"Não ser gay não é ser homofóbico. Os 90% da população que não é homossexual deveria ficar na sua e deixar os gays em paz. É totalmente absurdo odiar alguém por el@ ser diferente. Não compreendo essa necessidade de gastar tanta energia com algo que não lhe diz respeito. Tipo: eu não gosto de banana. Então o que faço? Ué, eu não como banana. Se alguém me oferece banana, eu agradeço e digo “Não, obrigada”. Quando vou a um buffet por quilo, não fico apontando pras bananas à milanesa e fazendo cara de nojo. Tampouco as procuro pra poder destrui-las com um garfo. E ninguém tenta me convencer a gostar de bananas. Eu não gosto, mas sei que tem um monte de gente que gosta. É meio egoísta eu querer que as bananas desapareçam da face da Terra só por eu não gostar delas. Sabe, quem morreu e me nomeou deus? E por falar em deus, não vou ficar procurando na bíblia passagens que possam ser interpretadas como “deus odeia bananas e quer que elas ardam no inferno”. Tenho mais o que fazer."
O cinema, que fica na rua Consolação, próximo à Avenida Paulista, perdeu em abril deste ano o patrocínio do banco HSBC e estava com dificuldades para se manter em funcionamento. No último dia 22, o empresário e sócio do cinema André Sturm anunciou que uma nova parceria foi estabelecida.
O Cine Belas Artes é um dos poucos cinemas da cidade que ainda passam filmes ditos "alternativos" (que não são blockbusters americanos). A notícia pode ser lida (e assistida, numa videoreportagem) no site da Folha.
ATUALIZAÇÃO: Após um ano de luta, quando finalmente foi encontrado um patrocinador e os cinéfilos acharam que podiam comemorar, foi anunciado, dia 06/01/2011, que o Cine Belas Artes fechará suas portas em 27/01 porque o dono do imóvel cancelou o contrato para abrir uma loja no local. Um abaixo-assinado foi criado para tentar mudar isso e, no mesmo dia de sua criação, já tem mais de mil assinaturas. Assine você também! Clique aqui para mais informações.
"Metrópolis" Versão restaurada do filme de 1927, que foi exibida, de graça, no Ibirapuera, com acompanhamento da Orquestra de Jazz Sinfônica.
"Clube do Suicídio" Comédia dramática alemã sobre um grupo de pessoas que tentam cometer suicídio.
"A Terra da Lua Partida" (o meu favorito!) Documentário brasileiro filmado no Himalaia, mostra o impacto (negativo) das mudanças climáticas na vida de uma família nômade. Quando a equipe estava lá filmando, não sabia exatamente qual seria o tema do filme; eles só queriam mostrar a vida daquelas pessoas. Um ótimo trabalho de edição.
"Marimbas do Inferno" Filme guatemalteca, achei um pouco fraquinho. A história (um "semi-documentário") é sobre um homem que toca marimba - instrumento típico, parecido com o xilofone - e não consegue arrumar trabalho, que resolve se juntar a uma banda de heavy metal.
"Pink Floyd - The Wall" Filme de 1982 com músicas do Pink Floyd, com várias cenas surreais. Infelizmente, o som estava muito alto (quando tinha vidro quebrando chegava a doer; várias pessoas tapavam os ouvidos) e não tinha legendas (o que eu acho imperdoável para um filme que não é novo). Tá, minto: não tinha legendas durante as músicas. Nas - pouquíssimas - falas, tinha legendas em francês. Foi bem educativo...
"Minha Felicidade" (o título é uma ironia, ok?) Filme russo, mostrando a corrupção da polícia e o abandono longe dos grandes centros urbanos do país. O filme é bem feito e tal, mas... digamos que não dá a menor vontade de ir para a Rússia. Pesado. Eu na verdade ia assistir o filme sobre Serge Gainsbourg, porém ele "não chegou", segundo os organizadores da Mostra, e "Minha Felicidade" o substituiu na sessão.
"Memória Cubanas" Muito, muito bom. Documentário sobre o cinejornal cubano Noticieros ICAIC Latinoamericanos, mostrando a cobertura que os cineastas cubanos faziam de grandes acontecimentos da segunda metade do século XX, como a Guerra do Vietnã, o virtuosismo do pianista Bola de Nieve e a Revolução dos Cravos em Portugal.
"Jardim Sonoro" Muito bonito. Documentário sobre um homem cego, que trabalha com crianças deficientes na Suiça - uma espécie de musicoterapia -, ajudando-as a superar suas dificuldades. Ganhou o prêmio de Melhor Documentário, na categoria Jovens Diretores.
"Pense Global, Aja Rural" Também gahou um prêmio de Melhor Documentário, este na seleção do público. É um documentário francês sobre os impactos da agricultura moderna no ambiente e na produção de alimentos, mostrando pessoas (cientistas, fazendeiros, economistas...) por todo o mundo que buscam uma "nova" forma de produzir alimentos, causando menos impacto, promovendo a auto-suficiência e melhorando a qualidade dos produtos e a qualidade de vida das pessoas. Dentre os entrevistados estão Pierre Rabhi, Claude e Lydia Bourguignon na França; os trabalhadores sem-terra e a professora Ana Primavesi no Brasil; e Vandana Shiva na Índia. O filme tem muitas cenas de entrevista e pode ser um pouco chatinho, mas o assunto não poderia ser mais pertinente. Seria tão bom se os agricultores brasileiros vissem esse filme!
Ontem (25 de novembro) foi o Dia Latino-Americano e Caribenho de Luta contra a Violência à Mulher.
Andei lendo a respeito, e os dados são assustadores. Segundo reportagem da Marie Claire, a cada 15 segundos uma mulher sofre algum tipo de agressão no Brasil. Estima-se que 70% das mulheres vítimas de homicídio em todo o mundo tenham sido assassinadas por seus próprios maridos.
Avançamos bastante, mas ainda temos um longo caminho a percorrer contra o machismo no Brasil. Infelizmente, exemplos de preconceito de gênero não faltam, para onde quer que se olhe. Seja numa piadinha "inocente" que seu amigo escreve no twitter; no comercial de tevê do cara que grita chamando a mulher para trocar o refil na privada; no filme em que dizem para o menininho que ele tem que cuidar da mãe porque agora é "o homem da casa"; no comentário infeliz de um candidato à presidência; na entrevista que o presidente dá a blogueiros progressistas (a entrevista foi ótima, a crítica foi à uniformidade de gênero dos entrevistadores); no salário de 20% a 30% inferior ao dos homens para exercer a mesma função; na minha colega que trabalhava o dia inteiro, estudava à noite e ao chegar em casa ainda tinha que fazer o jantar para o irmão (mais velho)...
São todos esses "pequenos" fatores que dão respaldo a estudantes universitários que xingam e lincham uma colega por usar um vestido curto, ou o homem que mata a esposa para "defender a honra", ou que estupra porque "ela estava pedindo, você viu como ela se veste?" Eu já ouvi gente dizer que o movimento feminista teve seu momento, décadas atrás, mas hoje está ultrapassado. Como alguém pode pensar assim, diante de tudo isso?
Ser feminista não é diminuir os homens. É acreditar que homens e mulheres, ainda que diferentes, têm o mesmo valor. E que todos, homens ou mulheres, devem ter a liberdade de viver a vida que quiserem, seguir a carreira que quiserem, enquanto não prejudicarem ninguém.
Denuncie a violência contra a mulher: ligue 180, grátis, de qualquer lugar do Brasil. Serviço 24hs.
ATENÇÃO: em entrevista à Band, no último domingo, Aldo Rebelo afirmou que falaria com os deputados e tentaria retomar as "discussões" sobre a proposta de mudança do Código Florestal "a partir de amanhã" (segunda, dia 01/11).
Ontem (dia 3), a Frente Parlamentar da Agropecuária se reuniu em Brasília para traçar estratégias para a aprovação do novo Código (fonte: Estado).
Os ruralistas vão tentar apressar a votação do novo Código na câmara, para que ocorra ainda este mês. Eles têm pressa para aprovar a proposta. Já havia um acordo para que a proposta fosse votada logo após o resultado do primeiro turno, caso não houvesse segundo turno, como noticiou o Último Segundo.
Já ouvi muitos defenderem as alterações no Código dizerem que aumentar a produção é mais importante do que "proteger uma floresta". Rebelo, na entrevista à Band, disse que "não podemos ser o jardim botânico da Europa". Esta frase indica uma enorme ignorância. Muita gente já viu, na prática, o estrago que impactos no meio ambiente causam na vida humana: enchentes, rios secos, deslizamentos...
As imagens abaixo são da apresentação sobre os impactos da mudança no Código Florestal, do Dr Sergius Gandolfi, da Esalq. Os slides da apresentação estão disponíveis no site da Frente Parlamentar Ambientalista
As duas imagens acima mostram situações que seriam legalizadas com a aprovação da proposta que tramita na Câmara. Abaixo, exemplo concreto do impacto dessas situações na vida humana: a Usina Hidrelétrica de Assis Chateaubriant (MS) deixou de produzir energia em menos de 10 anos de funcionamento, devido à falta de proteção das APPs de rios que a abasteciam.
Mudanças no Código Florestal podem até ser necessárias. Porém, a proposta que atualmente tramita na Câmara é muito ruim, e uma votação ainda este ano será muito precipitada. Diversos setores da sociedade já alertaram para os impactos negativos da proposta - negativos não só para as florestas, mas para as pessoas, e mesmo para os próprios produtores rurais! Alguns desses impactos foram comentados em uma postagem anterior. Segundo Jean Paul Metzger, professor da USP, "a mudança do Código Florestal será a pior coisa que pode acontecer ao Brasil."
Alguns dos pontos mais polêmicos da proposta são: redução das Áreas de Proteção Permanente (APPs), que são as áreas que precisam ser protegidas nas encostas dos morros e margens de rios e lagos - senão, podem ocorrer secas, deslizamento de terra, além da preservação dessa vegetação ser crucial para a preservação da fauna e flora -; redução da Reserva Legal (porcentagem da propriedade que deve ser preservada), e isenção das propriedades de até quatro módulos fiscais de manter a Reserva Legal (90% das propriedades não precisam preservar nada); e anistia a crimes ambientais cometidos até 2008 (quando seria muito mais vantajoso para todo mundo se houvesse incentivo à regularização, que é a proposta do Ministério do Meio Ambiente).
Aqueles que defendem a mudança do Código o fazem com argumentos falsos. É bom que se saiba, por exemplo, que o Código atual não prejudica a agricultura familiar (e o Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) e a Federação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (FETAF) assinaram um manifesto contra a proposta de alteração), e que a utilização da APP de maneira sustentável, como o extrativismo e o plantio de frutíferas nativas, é permitida.
Com a aprovação do novo Código, o que acontece com a Área de Preservação Permanente?
Na prática, proteção zero para os rios!
O Ministério do Meio Ambiente (MMA), contrário à proposta de Rebelo, elabora uma proposta substitutiva (informação também no Último Segundo).
Enquanto isso, a comunidade científica também se mobiliza. Deputados federais, senadores e os dois candidatos à Presidência receberam uma carta, no dia 28 de outubro, elaborada pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e pela Academia Brasileira de Ciências (ABC), solicitando que a revisão do Código Florestal Brasileiro seja feita com base em parâmetros científicos. As duas entidades formaram um grupo de trabalho, com cientistas, ambientalistas e representantes do setor agropecuário, para discutir o Código Florestal. Um relatório técnico deve ser apresentado em dezembro. A íntegra da carta pode ser lida no site do Canal Rural.
Para que todos esses esforços não sejam em vão, é preciso impedir a votação precipitada.
Não podemos ficar calados!
Primeiro passo: assine a petição no site Avaaz! Divulgue o link para a petição. Ajude seus conhecidos a se informarem. Divulgue este blog. Mande e-mails para o atual Presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB) (pelo site oficial ou pelo site da Câmara) e o deputado Cândido Vaccarezza (PT), líder do governo na Câmara e um dos nomes cotados para presidi-la a partir do próximo ano (através do site oficial ou do site da Câmara). Importune-os no Twitter (@MichelTemer e @vaccarezza). Discuta com seus colegas, cole cartazes em sua escola ou faculdade, organize manifestações... mexa-se!
Quadrinho de Maurício de Souza, feito no ano 2000, quando houve outra tentativa de mudar o Código para pior
Íntegra do pronunciamento de Dilma após os resultados das eleições (fonte: Tijolaço):
Minhas amigas e meus amigos de todo o Brasil,
É imensa a minha alegria de estar aqui.
Recebi hoje de milhões de brasileiras e brasileiros a missão mais importante de minha vida.
Este fato, para além de minha pessoa, é uma demonstração do avanço democrático do nosso país: pela primeira vez uma mulher presidirá o Brasil. Já registro portanto aqui meu primeiro compromisso após a eleição: honrar as mulheres brasileiras, para que este fato, até hoje inédito, se transforme num evento natural. E que ele possa se repetir e se ampliar nas empresas, nas instituições civis, nas entidades representativas de toda nossa sociedade.
A igualdade de oportunidades para homens e mulheres é um principio essencial da democracia. Gostaria muito que os pais e mães de meninas olhassem hoje nos olhos delas, e lhes dissessem: SIM, a mulher pode!
Minha alegria é ainda maior pelo fato de que a presença de uma mulher na presidência da República se dá pelo caminho sagrado do voto, da decisão democrática do eleitor, do exercício mais elevado da cidadania. Por isso, registro aqui outro compromisso com meu país:
Valorizar a democracia em toda sua dimensão, desde o direito de opinião e expressão até os direitos essenciais da alimentação, do emprego e da renda, da moradia digna e da paz social.
Zelarei pela mais ampla e irrestrita liberdade de imprensa.
Zelarei pela mais ampla liberdade religiosa e de culto.
Zelarei pela observação criteriosa e permanente dos direitos humanos tão claramente consagrados em nossa constituição.
Zelarei, enfim, pela nossa Constituição, dever maior da presidência da República.
Nesta longa jornada que me trouxe aqui pude falar e visitar todas as nossas regiões.
O que mais me deu esperanças foi a capacidade imensa do nosso povo, de agarrar uma oportunidade, por mais singela que seja, e com ela construir um mundo melhor para sua família.
É simplesmente incrível a capacidade de criar e empreender do nosso povo. Por isso, reforço aqui meu compromisso fundamental: a erradicação da miséria e a criação de oportunidades para todos os brasileiros e brasileiras.
Ressalto, entretanto, que esta ambiciosa meta não será realizada pela vontade do governo. Ela é um chamado à nação, aos empresários, às igrejas, às entidades civis, às universidades, à imprensa, aos governadores, aos prefeitos e a todas as pessoas de bem.
Não podemos descansar enquanto houver brasileiros com fome, enquanto houver famílias morando nas ruas, enquanto crianças pobres estiverem abandonadas à própria sorte.
A erradicação da miséria nos próximos anos é, assim, uma meta que assumo, mas para a qual peço humildemente o apoio de todos que possam ajudar o país no trabalho de superar esse abismo que ainda nos separa de ser uma nação desenvolvida.
O Brasil é uma terra generosa e sempre devolverá em dobro cada semente que for plantada com mão amorosa e olhar para o futuro.
Minha convicção de assumir a meta de erradicar a miséria vem, não de uma certeza teórica, mas da experiência viva do nosso governo, no qual uma imensa mobilidade social se realizou, tornando hoje possível um sonho que sempre pareceu impossível.
Reconheço que teremos um duro trabalho para qualificar o nosso desenvolvimento econômico. Essa nova era de prosperidade criada pela genialidade do presidente Lula e pela força do povo e de nossos empreendedores encontra seu momento de maior potencial numa época em que a economia das grandes nações se encontra abalada.
No curto prazo, não contaremos com a pujança das economias desenvolvidas para impulsionar nosso crescimento. Por isso, se tornam ainda mais importantes nossas próprias políticas, nosso próprio mercado, nossa própria poupança e nossas próprias decisões econômicas.
Longe de dizer, com isso, que pretendamos fechar o país ao mundo. Muito ao contrário, continuaremos propugnando pela ampla abertura das relações comerciais e pelo fim do protecionismo dos países ricos, que impede as nações pobres de realizar plenamente suas vocações.
Mas é preciso reconhecer que teremos grandes responsabilidades num mundo que enfrenta ainda os efeitos de uma crise financeira de grandes proporções e que se socorre de mecanismos nem sempre adequados, nem sempre equilibrados, para a retomada do crescimento.
É preciso, no plano multilateral, estabelecer regras mais claras e mais cuidadosas para a retomada dos mercados de financiamento, limitando a alavancagem e a especulação desmedida, que aumentam a volatilidade dos capitais e das moedas. Atuaremos firmemente nos fóruns internacionais com este objetivo.
Cuidaremos de nossa economia com toda responsabilidade. O povo brasileiro não aceita mais a inflação como solução irresponsável para eventuais desequilíbrios. O povo brasileiro não aceita que governos gastem acima do que seja sustentável.
Por isso, faremos todos os esforços pela melhoria da qualidade do gasto público, pela simplificação e atenuação da tributação e pela qualificação dos serviços públicos.
Mas recusamos as visões de ajustes que recaem sobre os programas sociais, os serviços essenciais à população e os necessários investimentos.
Sim, buscaremos o desenvolvimento de longo prazo, a taxas elevadas, social e ambientalmente sustentáveis. Para isso zelaremos pela poupança pública.
Zelaremos pela meritocracia no funcionalismo e pela excelência do serviço público.
Zelarei pelo aperfeiçoamento de todos os mecanismos que liberem a capacidade empreendedora de nosso empresariado e de nosso povo.
Valorizarei o Micro Empreendedor Individual, para formalizar milhões de negócios individuais ou familiares, ampliarei os limites do Supersimples e construirei modernos mecanismos de aperfeiçoamento econômico, como fez nosso governo na construção civil, no setor elétrico, na lei de recuperação de empresas, entre outros.
As agências reguladoras terão todo respaldo para atuar com determinação e autonomia, voltadas para a promoção da inovação, da saudável concorrência e da efetividade dos setores regulados.
Apresentaremos sempre com clareza nossos planos de ação governamental. Levaremos ao debate público as grandes questões nacionais. Trataremos sempre com transparência nossas metas, nossos resultados, nossas dificuldades.
Mas acima de tudo quero reafirmar nosso compromisso com a estabilidade da economia e das regras econômicas, dos contratos firmados e das conquistas estabelecidas.
Trataremos os recursos provenientes de nossas riquezas sempre com pensamento de longo prazo. Por isso trabalharei no Congresso pela aprovação do Fundo Social do Pré-Sal. Por meio dele queremos realizar muitos de nossos objetivos sociais.
Recusaremos o gasto efêmero que deixa para as futuras gerações apenas as dívidas e a desesperança.
O Fundo Social é mecanismo de poupança de longo prazo, para apoiar as atuais e futuras gerações. Ele é o mais importante fruto do novo modelo que propusemos para a exploração do pré-sal, que reserva à Nação e ao povo a parcela mais importante dessas riquezas.
Definitivamente, não alienaremos nossas riquezas para deixar ao povo só migalhas.
Me comprometi nesta campanha com a qualificação da Educação e dos Serviços de Saúde. Me comprometi também com a melhoria da segurança pública.
Com o combate às drogas que infelicitam nossas famílias.
Reafirmo aqui estes compromissos. Nomearei ministros e equipes de primeira qualidade para realizar esses objetivos.
Mas acompanharei pessoalmente estas áreas capitais para o desenvolvimento de nosso povo.
A visão moderna do desenvolvimento econômico é aquela que valoriza o trabalhador e sua família, o cidadão e sua comunidade, oferecendo acesso a educação e saúde de qualidade.
É aquela que convive com o meio ambiente sem agredi-lo e sem criar passivos maiores que as conquistas do próprio desenvolvimento.
Não pretendo me estender aqui, neste primeiro pronunciamento ao país, mas quero registrar que todos os compromissos que assumi, perseguirei de forma dedicada e carinhosa.
Disse na campanha que os mais necessitados, as crianças, os jovens, as pessoas com deficiência, o trabalhador desempregado, o idoso teriam toda minha atenção. Reafirmo aqui este compromisso.
Fui eleita com uma coligação de dez partidos e com apoio de lideranças de vários outros partidos. Vou com eles construir um governo onde a capacidade profissional, a liderança e a disposição de servir ao país será o critério fundamental.
Vou valorizar os quadros profissionais da administração pública, independente de filiação partidária.
Dirijo-me também aos partidos de oposição e aos setores da sociedade que não estiveram conosco nesta caminhada. Estendo minha mão a eles. De minha parte não haverá discriminação, privilégios ou compadrio.
A partir de minha posse serei presidenta de todos os brasileiros e brasileiras, respeitando as diferenças de opinião, de crença e de orientação política.
Nosso país precisa ainda melhorar a conduta e a qualidade da política. Quero empenhar-me, junto com todos os partidos, numa reforma política que eleve os valores republicanos, avançando em nossa jovem democracia.
Ao mesmo tempo, afirmo com clareza que valorizarei a transparência na administração pública. Não haverá compromisso com o erro, o desvio e o malfeito. Serei rígida na defesa do interesse público em todos os níveis de meu governo. Os órgãos de controle e de fiscalização trabalharão com meu respaldo, sem jamais perseguir adversários ou proteger amigos.
Deixei para o final os meus agradecimentos, pois quero destacá-los. Primeiro, ao povo que me dedicou seu apoio. Serei eternamente grata pela oportunidade única de servir ao meu país no seu mais alto posto. Prometo devolver em dobro todo o carinho recebido, em todos os lugares que passei.
Mas agradeço respeitosamente também aqueles que votaram no primeiro e no segundo turno em outros candidatos ou candidatas. Eles também fizeram valer a festa da democracia.
Agradeço as lideranças partidárias que me apoiaram e comandaram esta jornada, meus assessores, minhas equipes de trabalho e todos os que dedicaram meses inteiros a esse árduo trabalho.
Agradeço a imprensa brasileira e estrangeira que aqui atua e cada um de seus profissionais pela cobertura do processo eleitoral.
Não nego a vocês que, por vezes, algumas das coisas difundidas me deixaram triste. Mas quem, como eu, lutou pela democracia e pelo direito de livre opinião arriscando a vida; quem, como eu e tantos outros que não estão mais entre nós, dedicamos toda nossa juventude ao direito de expressão, nós somos naturalmente amantes da liberdade. Por isso, não carregarei nenhum ressentimento.
Disse e repito que prefiro o barulho da imprensa livre ao silencio das ditaduras. As criticas do jornalismo livre ajudam ao pais e são essenciais aos governos democráticos, apontando erros e trazendo o necessário contraditório.
Agradeço muito especialmente ao presidente Lula. Ter a honra de seu apoio, ter o privilégio de sua convivência, ter aprendido com sua imensa sabedoria, são coisas que se guarda para a vida toda. Conviver durante todos estes anos com ele me deu a exata dimensão do governante justo e do líder apaixonado por seu pais e por sua gente. A alegria que sinto pela minha vitória se mistura com a emoção da sua despedida.
Sei que um líder como Lula nunca estará longe de seu povo e de cada um de nós.
Baterei muito a sua porta e, tenho certeza, que a encontrarei sempre aberta.
Sei que a distância de um cargo nada significa para um homem de tamanha grandeza e generosidade. A tarefa de sucedê-lo é difícil e desafiadora. Mas saberei honrar seu legado.
Saberei consolidar e avançar sua obra.
Aprendi com ele que quando se governa pensando no interesse público e nos mais necessitados uma imensa força brota do nosso povo.
Uma força que leva o país para frente e ajuda a vencer os maiores desafios.
Passada a eleição agora é hora de trabalho. Passado o debate de projetos agora é hora de união.
União pela educação, união pelo desenvolvimento, união pelo país. Junto comigo foram eleitos novos governadores, deputados, senadores. Ao parabenizá-los, convido a todos, independente de cor partidária, para uma ação determinada pelo futuro de nosso país.
Sempre com a convicção de que a Nação Brasileira será exatamente do tamanho daquilo que, juntos, fizermos por ela.
ATENÇÃO - O objetivo deste blog é partilhar informações e pensamentos, sem fins lucrativos. Por favor, respeite o meu trabalho e minhas crenças e opiniões. Eu procuro sempre citar minhas fontes e não cometer plágios ou infringir direitos autorais; caso sinta-se prejudicado por algo postado neste blog, entre em contato e eu tomarei providências imediatamente.
Obrigada.