Ontem (25 de novembro) foi o Dia Latino-Americano e Caribenho de Luta contra a Violência à Mulher.
Andei lendo a respeito, e os dados são assustadores.
Segundo reportagem da Marie Claire, a cada 15 segundos uma mulher sofre algum tipo de agressão no Brasil.
Estima-se que 70% das mulheres vítimas de homicídio em todo o mundo tenham sido assassinadas por seus próprios maridos.
Avançamos bastante, mas ainda temos um longo caminho a percorrer contra o machismo no Brasil.
Infelizmente, exemplos de preconceito de gênero não faltam, para onde quer que se olhe. Seja numa piadinha "inocente" que seu amigo escreve no twitter; no comercial de tevê do cara que grita chamando a mulher para trocar o refil na privada; no filme em que dizem para o menininho que ele tem que cuidar da mãe porque agora é "o homem da casa"; no comentário infeliz de um candidato à presidência; na entrevista que o presidente dá a blogueiros progressistas (a entrevista foi ótima, a crítica foi à uniformidade de gênero dos entrevistadores); no salário de 20% a 30% inferior ao dos homens para exercer a mesma função; na minha colega que trabalhava o dia inteiro, estudava à noite e ao chegar em casa ainda tinha que fazer o jantar para o irmão (mais velho)...
São todos esses "pequenos" fatores que dão respaldo a estudantes universitários que xingam e lincham uma colega por usar um vestido curto, ou o homem que mata a esposa para "defender a honra", ou que estupra porque "ela estava pedindo, você viu como ela se veste?"
Eu já ouvi gente dizer que o movimento feminista teve seu momento, décadas atrás, mas hoje está ultrapassado.
Como alguém pode pensar assim, diante de tudo isso?
Ser feminista não é diminuir os homens. É acreditar que homens e mulheres, ainda que diferentes, têm o mesmo valor.
E que todos, homens ou mulheres, devem ter a liberdade de viver a vida que quiserem, seguir a carreira que quiserem, enquanto não prejudicarem ninguém.
Denuncie a violência contra a mulher: ligue 180, grátis, de qualquer lugar do Brasil. Serviço 24hs.
PERGUNTAS E RESPOSTAS: SOBRE ABORTO
Há 2 semanas
Um comentário:
mto bom esse post. Parabens moça!!!
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